quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Why???
Tenta abrir esse vídeo depois que você terminar de ler.
Why all good things come to an end?
Eu não sou muito de escrever, tampouco de postar o que escrevo.
Faço isso as vezes por prazer, outras vezes faço por que estou entediado ou querendo fazer algo e não tendo mais nada pra fazer.
Tem algumas pessoas que quando me vêem escrevendo algo ou digitando algo no computador, já vira e pergunta se eu estou bem. Hummm...
Por quê a pergunta? "-Porquê você sempre escreve quando está chateado com algo."
Isso é o que eu ouço as vezes.
Mas porque não escrever? Por os seus males pra fora de uma maneira saudável e criativa.
Proporcionar aos que o rodeiam uma oportunidade de te conhecer melhor. Saber o que se passa dentro da sua cabeça.
Não que isso seja realmente de muito interesse dos outros, mas de repente você possa ter algo de interessante pra compartilhar.
Eu por exemplo quase sempre tenho algo de interessante. Nesses últimos 4 anos em que eu vivi fora do Brasil, mais precisamente aqui no Japão, tive muitas experiências incríveis e outras nunca imagináveis por mim mesmo, mas também vivi experiências que não desejaria pra nenhum outro, mesmo não gostando desse outro.
Experiências essas que vão do prazer do sexo e seus mais variados estilos e senssações, passando pela emoção da velocidade em plena metrópole chamada Tokyo e aos redores até a tristeza de se estar rodeado de pessoas, milhares delas e mesmo assim se sentir sozinho.
Eu não fui vizitar o castelo dourado em Kyoto, mas fui ver de perto a cidade que nasceu das cinzas da maior guerra ocorrida no Japão, a Batalha de Sekigahara. Fato esse que de acordo com alguns historiadores, fez surgir o maior de todos os samurais já existentes nessas terras. Miyamoto Musashi.
Eu não fui em muitos restaurantes brasileiros, mas pude apreciar das mais variadas comidas do mundo inteiro, indo desde o fejão com arroz do Brasil, passando pelo lombo saltado peruano, o naan do Nepal, o kare da India, a costela sem osso com molho doce Phillipino, o frango ao molho Thaylandes, até o famoso Ribs do barbeque americano. Sensacional.
Pra algumas pessoas eu sou muito estranho. Pra outras eu sou extrovertido. Pra outras somente engraçado. Algumas até acham que eu sou "very cute". Gente doida essa. Hehe hehe
Tudo isso é irrelevante. O que importa é que eu sou quem eu sou.
Não importa se o companheiro de farra é um macânico saindo do trabalho, com as mãos sujas de graxa e o macacão manchado de tinta ou um Tenente Coronel ainda de uniforme todo engomado que teve um dia cheio de reuniões importantes. Eu vou continuar sendo o Raphael Marques de todos os dias.
Mas como diz o ditado, tudo que é bom acaba rápido.
O que fazer então se não aproveitar.
E eu aproveitei, e muito.
Antes trabalhei cortando carne, trabalhei pondo capa em bancos de carro, fazendo capas de celular, peças de motor automotivo e até lentes de câmera fotográfica. Por incrível que pareça já até fiquei só olhando os outros trabalharem e não deixando eles pararem estaria fazendo um excelente serviço.
Mas de uns meses pra cá foi uma loucura só.
O inglês que eu nem sabia que poderia entender tão bem e ao mesmo tempo falar com tanta fluência.
O japonês que eu ainda acho que não sei nada, consigo ler, entender e me fazer ser entendido.
O espanhol que sempra matei aula pra não assistir pois nunca imaginei que poderia me ser de tamanha utilidade, agora já me perguntam onde estudei essa língua. Línguas com certeza, espanhol nem tanto. Hehe hehe
Contar de 1 até 10 eu já sabia porque a Patrícia Ledoux já tinha me ensinado. Mas cumprimentar e entender perguntas fáceis, quando eu iria imaginar estar no meio de uma conversa em francês e entender do que se trata? Nunca.
Isso é chato pra algumas pessoas? É. Mas não pra mim.
Caminhando pelo centro de Tokyo hoje é tão fácil fazer uma nova amizade, trocar e-mail's, conhecer novas pessoas. Facebook, Myspace, Friendster. Um mundo inteiro aberto aos que se interessam em conhecer novas culturas, novos rostos, novas línguas, Um mundo diferente do nosso cotidiano.
Mas como diz o ditado, o que é bom acaba rápido.
Eu não me importo se já está acabando. O importante pra mim é que eu tenho consciência de que fiz muito e aprendi mais ainda.
Eu achava complicado conviver com a minha própria raça. Mas depois de um tempo você passa a entender que só os problemas, as línguas, os dialetos, as culturas mudam, mas a complexidade continua a mesma.
É sempre difícil viver em qualquer lugar, cercado de qualquer raça.
A mente humana é uma máquina surpreendentemente poderosa, mas comumente usada de maneira errada.
As pessoas se preocupam mais com o que não tem consigo, do que com o que poderiam fazer pra tê-lo.
É mais fácil desejar o que é do próximo do que fazer por merecê-lo.
Mulheres, dinheiro, fama, sucesso. Tudo isso é fácil de se conseguir, o difícil é manter consigo.
Como diz o mestre Martinho da Vila, em Mulheres as sensações foram das mais incríveis às mais inusitadas. Experientes ou não, todas merecem ter a sua parte nessa vida de aventuras e emoções e eu fui parte nisso.
Espero um dia poder sentir, fazer, olhar, proteger, proporcionar, sorrir e chorar tudo de novo.
Agradeço à todos os que estiveram ao meu lado todos esses anos fora do Brasil. Não importando a nacionalidade, o credo, a raça ou a cor. Todos somos a mesma coiza por dentro.
O porquê de tudo que é bom sempre vir e ir? Eu não sei.
O que sei é que aqui, a vida está terminando. Mas ainda há um mundo inteiro lá fora.
E é assim que eu deixo esse texto aqui. Com uma mensagem de que quando você achar que o mundo em que você vive está te sufocando, que já não te faz sentir bem estar vivendo essa sua vida. Simplesmente abra a porta e vá. Pra onde quer que seja. Simplesmente vá.
Com certeza vai ter um lugar pra você lá fora.
O meu tempo de Japão terminow, agora é voltar pra casa, relaxar e preparar o novo rumo pra percorrer.
Feliz Natal e um excelente Ano Novo.
Pra todos os que lerem esse texto e pra os que eles conhecem, gostando ou não.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Myself
As vezes quando se escuta a palavra "Demônios", agente pensa que a conversa pode ser a respeito de filmes, novelas, histórias em quadrinhos.
Em outras vezes pode ser sobre assuntos culturais.
Mas eu venho lutando a tanto tempo contra os meus próprios demônios. Que tudo isso mixturado e mais um pouco, não se compara ao sentimento que tenho por curar.
Saudade de ti.
Fome de voce.
Angústia de estar longe da Sra.
Ansiedade para sentir o teu beijo.
Mesmo estando em campo aberto, me sinto claustrofóbico dentro dessa imensa selva de pedra.
A distancia entre o "A" e o "B" parece algo simples como um passo e ao mesmo tempo muito complicado como sentir o teu calor.
O teu sorriso me faz pensar se vale a pena estar longe e tentar ser feliz ou estar perto tentando ser feliz vale a pena.
Quando penso que poderia ter sido diferente, me dou conta que ser diferente e fazer a diferença são duas coizas totalmente distintas e ao mesmo tempo identicas. De modo que juntas seriam um nada montado em cima de um tudo.
Ao tentar explicar o que sinto agora, eu acabo chegando em uma questão que se repete constantemente e não me deixa parar de pensar se continuo tentando explicar ou se deixo pra ser entendido das mais diversas formas que os outros a minha volta possam entender.
Porque eu sou assim?
Porque nós somos como somos e não como queremos ser?
Porque quando queremos seguir em uma direção, sempre aparece outra coiza para nos desviar do caminho que havíamos traçado antes?
Um dia eu vou responder a todas essas questões.
Mas enquanto esse dia não chega, eu fico com a minha vida embaralhada e cheia de interrogações.
Enquanto esse dia não chegar, eu continuo vivendo do geito que acho melhor e mais convincente.
Tomara que quando tu olhares por cima do teu ombro, não imagine que foi minha a culpa de ter chegado a este ponto. Eu já havia te dito que um dia os caminhos iriam se cruzar e tu terias que decidir entre o certo e inseguro e o duvidoso com orgulho. Duas decisões que podem mudar completamente as nossas vidas de maneira que todos "a nossa volta nunca poderão entender.
Espero que a tua decisão seja a melhor pra nós dois e todos que nos cercam.
Um dia...
Um dia...
"Quando pensar que um dia te abandonei, olhe pra tráz e conte as pegadas na areia."
"Não importa onde, nem quando, nem como. Mas um dia eu hei de te encontrar. E nesse dia, o céu do meio-dia vai escurecer, a água cristalina vai ficar púrpura, o vento frio do sul vai estar quente como o calor do sol e o coração que te dá a vida vai parar de bater. Não importa onde, nem quando, nem como, mas um dia eu hei de te encontrar."
Em outras vezes pode ser sobre assuntos culturais.
Mas eu venho lutando a tanto tempo contra os meus próprios demônios. Que tudo isso mixturado e mais um pouco, não se compara ao sentimento que tenho por curar.
Saudade de ti.
Fome de voce.
Angústia de estar longe da Sra.
Ansiedade para sentir o teu beijo.
Mesmo estando em campo aberto, me sinto claustrofóbico dentro dessa imensa selva de pedra.
A distancia entre o "A" e o "B" parece algo simples como um passo e ao mesmo tempo muito complicado como sentir o teu calor.
O teu sorriso me faz pensar se vale a pena estar longe e tentar ser feliz ou estar perto tentando ser feliz vale a pena.
Quando penso que poderia ter sido diferente, me dou conta que ser diferente e fazer a diferença são duas coizas totalmente distintas e ao mesmo tempo identicas. De modo que juntas seriam um nada montado em cima de um tudo.
Ao tentar explicar o que sinto agora, eu acabo chegando em uma questão que se repete constantemente e não me deixa parar de pensar se continuo tentando explicar ou se deixo pra ser entendido das mais diversas formas que os outros a minha volta possam entender.
Porque eu sou assim?
Porque nós somos como somos e não como queremos ser?
Porque quando queremos seguir em uma direção, sempre aparece outra coiza para nos desviar do caminho que havíamos traçado antes?
Um dia eu vou responder a todas essas questões.
Mas enquanto esse dia não chega, eu fico com a minha vida embaralhada e cheia de interrogações.
Enquanto esse dia não chegar, eu continuo vivendo do geito que acho melhor e mais convincente.
Tomara que quando tu olhares por cima do teu ombro, não imagine que foi minha a culpa de ter chegado a este ponto. Eu já havia te dito que um dia os caminhos iriam se cruzar e tu terias que decidir entre o certo e inseguro e o duvidoso com orgulho. Duas decisões que podem mudar completamente as nossas vidas de maneira que todos "a nossa volta nunca poderão entender.
Espero que a tua decisão seja a melhor pra nós dois e todos que nos cercam.
Um dia...
Um dia...
"Quando pensar que um dia te abandonei, olhe pra tráz e conte as pegadas na areia."
"Não importa onde, nem quando, nem como. Mas um dia eu hei de te encontrar. E nesse dia, o céu do meio-dia vai escurecer, a água cristalina vai ficar púrpura, o vento frio do sul vai estar quente como o calor do sol e o coração que te dá a vida vai parar de bater. Não importa onde, nem quando, nem como, mas um dia eu hei de te encontrar."
domingo, 18 de outubro de 2009
Calo Sexual
Texto enviado por Paula Vanessa (Eng Florestal - EMBRAPA)
Escrito por CARLA MOURA
PSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA.
Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.
Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.
Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.
Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores – e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.
E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.
Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco.. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.
Outra coisa fundamental: Homens barrigudinhos são confortáveis!
Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!
Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.
Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.
Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.
Escrito por CARLA MOURA
PSICÓLOGA, ESPECIALISTA EM SEXOLOGIA.
Tenho um conselho valioso para dar aqui: se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.
Se for musculosa, torneada, estilo `tanquinho´, fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.
Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chopp. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo por quê.
Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão. Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os `tanquinhos´ farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores – e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com `clight´ que trouxe de casa.
E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação. E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar.
Você nunca irá ouvir um ah, amor, `Quarteirão´ é gostoso, mas você podia provar uma `McSalad´ com água de coco.. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais uma vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia! Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.
Outra coisa fundamental: Homens barrigudinhos são confortáveis!
Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível!
Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.
Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.
Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar. É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.
domingo, 27 de setembro de 2009
Minha vida
Quando penso que a alguns meses eu tinha que acordar as 6h da manhã, tomar um cafe da manhã apressado, pedalar uns 15 minutos e chagar em uma fábrica de auto-peças. Trabalhar o dia inteiro (12h por dia). Voltar pra casa cansado, trocar de roupa, ir pra academia e chegar em casa lá pelas 23h. Tomar aquele banho frio e cair na cama.
Quando penso nisso. Me vejo em um dia normal.
Mas hoje. Quando acordo as 17h, tomo aquele banho frio de sempre, coloco aquela roupa bacana, uma caminhada básica de 5 minutos até a estação, mais 3 minutos até a próxima estação, mais 3 minutos caminhando até o meu local de trabalho e as 20h eu estou no bar mais comentado de Kanto (região metropolitana de Tokyo), me vejo em uma outra vida. Completamente diferente.
Todos os dias gente nova pra conhecer. Antes eu fazia besteira, baixava a cabeça e recebia a bronca. Agora eu mantenho a cabeça erguida e dou as ordens com voz de experiência (como se realmente tivesse tal, hehehe). Antes seguia uma rotina diária de mesmice e extresses. Agora é impossível ver uma rotina. Todo dia algo diferente acontece ou alguma pessoa nova aparece. E agente envelhece. Hehe hehe
Não sei se é algo que realmente possa dar um futuro promissor.
Todos temos a oportunidade de realizar os nossos sonhos, sem se desviar do mundo real.
No meu sonho eu conheço um mundo inteiro de lugares fantásticos e aprendo outro mundo de informações e curiosidades. No meu mundo real, os lugares e as curiosidades vem com as pessoas que me aparecem de todos os lugares e todos os dias.
De uma maneira ou de outra, agente acaba conhecendo algo e se conhecendo.
Quem diria que o melhor bar da região central de Paris (França), fica em um depósito abandonado que o proprietário herdou de um parente que ele nem sabia que tinha e agora suporta aproximadamente 150 pessoas todos os fins de semana.
Quem ia saber que algo seria capaz de ultrapassar o limite dos 100% (não entendeu? Eu explico). No Mississipe, EUA. Tem uma fampilia que produz manualmente uma bebida chamada Moon Shine, a dita contém 110% de teor alcólico. Difícil de acreditar? Eu ainda não experimentei, Mas de repente uma hora dessas, quem sabe?!?
É incrível como as pessoas podem aprender a conviver com mentes e culturas tão diferentes e impressionantes e ao mesmo tempo, a mente humana em alguns momentos se iguala em certos aspectos e linhas de incompreensão. O ciúmes, a inveja, a cobiça, tudo isso faz com que a vida se torne um erro matemático, vindo de uma equação irracional, inconstante e polivalente.
Eu não posso dizer que tenho uma vida perfeita. Mas a que eu tenho já me é sufifiente.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Game over ou ganha um ovo
Trilha sonora -> http://www.youtube.com/watch?v=p1mujnb4-uo
Atendendo a pedidos.
Experiencias game over ou ganha um ovo.
Sabe aqueles dias em que tu so queres saber de ficar deitado dormindo, mas tem que levantar e ir trabalhar, porque nao tem outro geito (honesto) de ganhar dinheiro?
Poise. Falando nesses dias, ai vai mais uma das boas.
Aqui agente chama esse tipo de rodizio como ni-coutai, ou seja, voce trabalha uns tantos dias durante o dia (hirou-kin) e outros tantos durante a noite (iya-kin). Essa semana eu trabalhei de iya-kin, entao essa historia se passa na semana de hirou-kin.
Domingo de folga e segunda de hirou-kin.
Cansado, com os olhos tao pesados que parecem ser puxados por um tijolo. Final de primavera, chove quase todo dia. Pela janela nao parece tao feio. Tambem, tem duas cortinas e um vidro fume entre mim e la fora.
Tu se preparas com um cafe da manha daquele geito, reforcado. Pao com queijo e presunto e 1 litro de leite com nescau, isso sim e vida. Toma aquele banho e se arruma pra o trabalho.
Sao seis da manha. Tu tens que chegar ao trabalho antes das sete. Pegou tudo. O uniforme fica na fabrica. Tu so precisa estar acordado e pedalar uns 10 minutos pra chegar ao trabalho.
O dia esta escuro mas nao esta feio como o dia anterior, que foi so chuva. Mas a rua esta molhada, a bike nao tem para-lama, ja comecou a ficar triste o dia.
Dois minutos pedalando e ja estou todo molhado.
Pra completar vem passando um maldito japones com o kei-toraku (caminhao pequeno que mais parece um brinquedo, tao pequeno que so cabem duas pessoas na cabine), nao freia na esquina e passa com tudo em uma poca de lama. Ja da pra imaginar a miseria que foi.
Nao podendo fazer nada, o geito e continuar a pedalar e chegar logo ao trabalho.
Do nada. Literalmente. Um pau d'agua cai de repente.
Falando em pau-d'agua. Tenhu umas fotos interessantes do festival da fertilidade. Hummm. O Fabiano do Buteco vai adorar as fotos. Hehe hehe
Voltando ao dia memoravel.
Chegando ao trabalho todo ensopado. Tu se enxuga, troca de roupa e recebe a maravilhosa noticia. Tem muita tranqueira no patio. Entao o chefe selecionou dois dos mais novatos pra irem trabalhar la fora nesse dia. O diazinho miseravel.
Depois de quase 10h trabalhando em baixo de chuva e vento frio. Depois de tomar quase umas 20 pilulas de benegripe e uns 2 litros de Oolon tea. Ta na ora de voltar pra casa.
Pra salvar o dia, o chefe fala que no outro dia outros dois vao trabalhar no patio. Tomara que nas contas dele eu nao esteja entre os outros dois de novo. As vezes isso acontece aqui no Japao. hehe hehe
Seca o corpo, troca de roupa, prepara o animo e pedal pra que te quero.
Nao esta mais chovendo, mas ainda tem muita agua na rua. Pedalando e olhando pra todos os lados. Se certificando que nao vai mais aparecer outro maldito kei-toraku (kei e apelido de um carro pequeno que tem aqui e toraku vem do ingles truck, entao small truck pode ser a traducao mais proxima) pra me fazer querer matar alguem.
Chega em casa cansado e estressado e tu repara na surpresa.
Tu esqueceste a janela da sala aberta. O vento assoprou agua pra dentro do apartamento e molhou a metade da sala. Alem de um dia inteiro embaixo d'agua, agora tu vai ter que passar a noite em cima da maldita agua.
Isso sim e um game-over.
Atendendo a pedidos.
Experiencias game over ou ganha um ovo.
Sabe aqueles dias em que tu so queres saber de ficar deitado dormindo, mas tem que levantar e ir trabalhar, porque nao tem outro geito (honesto) de ganhar dinheiro?
Poise. Falando nesses dias, ai vai mais uma das boas.
Aqui agente chama esse tipo de rodizio como ni-coutai, ou seja, voce trabalha uns tantos dias durante o dia (hirou-kin) e outros tantos durante a noite (iya-kin). Essa semana eu trabalhei de iya-kin, entao essa historia se passa na semana de hirou-kin.
Domingo de folga e segunda de hirou-kin.
Cansado, com os olhos tao pesados que parecem ser puxados por um tijolo. Final de primavera, chove quase todo dia. Pela janela nao parece tao feio. Tambem, tem duas cortinas e um vidro fume entre mim e la fora.
Tu se preparas com um cafe da manha daquele geito, reforcado. Pao com queijo e presunto e 1 litro de leite com nescau, isso sim e vida. Toma aquele banho e se arruma pra o trabalho.
Sao seis da manha. Tu tens que chegar ao trabalho antes das sete. Pegou tudo. O uniforme fica na fabrica. Tu so precisa estar acordado e pedalar uns 10 minutos pra chegar ao trabalho.
O dia esta escuro mas nao esta feio como o dia anterior, que foi so chuva. Mas a rua esta molhada, a bike nao tem para-lama, ja comecou a ficar triste o dia.
Dois minutos pedalando e ja estou todo molhado.
Pra completar vem passando um maldito japones com o kei-toraku (caminhao pequeno que mais parece um brinquedo, tao pequeno que so cabem duas pessoas na cabine), nao freia na esquina e passa com tudo em uma poca de lama. Ja da pra imaginar a miseria que foi.
Nao podendo fazer nada, o geito e continuar a pedalar e chegar logo ao trabalho.
Do nada. Literalmente. Um pau d'agua cai de repente.
Falando em pau-d'agua. Tenhu umas fotos interessantes do festival da fertilidade. Hummm. O Fabiano do Buteco vai adorar as fotos. Hehe hehe
Voltando ao dia memoravel.
Chegando ao trabalho todo ensopado. Tu se enxuga, troca de roupa e recebe a maravilhosa noticia. Tem muita tranqueira no patio. Entao o chefe selecionou dois dos mais novatos pra irem trabalhar la fora nesse dia. O diazinho miseravel.
Depois de quase 10h trabalhando em baixo de chuva e vento frio. Depois de tomar quase umas 20 pilulas de benegripe e uns 2 litros de Oolon tea. Ta na ora de voltar pra casa.
Pra salvar o dia, o chefe fala que no outro dia outros dois vao trabalhar no patio. Tomara que nas contas dele eu nao esteja entre os outros dois de novo. As vezes isso acontece aqui no Japao. hehe hehe
Seca o corpo, troca de roupa, prepara o animo e pedal pra que te quero.
Nao esta mais chovendo, mas ainda tem muita agua na rua. Pedalando e olhando pra todos os lados. Se certificando que nao vai mais aparecer outro maldito kei-toraku (kei e apelido de um carro pequeno que tem aqui e toraku vem do ingles truck, entao small truck pode ser a traducao mais proxima) pra me fazer querer matar alguem.
Chega em casa cansado e estressado e tu repara na surpresa.
Tu esqueceste a janela da sala aberta. O vento assoprou agua pra dentro do apartamento e molhou a metade da sala. Alem de um dia inteiro embaixo d'agua, agora tu vai ter que passar a noite em cima da maldita agua.
Isso sim e um game-over.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Tenha um bom dia
Você sabe como é ter um bom dia?
Eu tento todos os dias ter um bom dia, mas sempre acontece algo pra quebrar a linha e me tirar do sério.
Um dia perfeito começaria assim:
Café-da-manhã, chego em casa lá pelas cinco e meia da manhã, tomo aquele banho bem gelado pra aguentar o calor que tá fazendo aqui em Tokyo, como aquele cereal com leite e, opa, cade o bendito leite? Já começou o dia avacalhando.
Rezolvido o problema com a ajuda do 7-Eleven, agente continua o dia.
dai agente põe aquela bermuda que espanta tubarão, aquela meia que fede mais que couro de boi com tres dias na salmoura e aquele tenis velho pra ir pra academia, chegando lá dá uma olhada em volta e pede a papeleta pra por o teu nome na lista de alguma máquina e, não acredito, a que vai desocupar mais cedo é pras onze e meia. Nem fu..... Compra um suco e começa a correr de volta pra casa.
Beleza. Toma-se um banhoso daqueles e cai na cama pra relaxar por umas horas.
Mas então, tátátátátátá...
Só pode ser brincadeira. Algum imbecil inventa de começar uma obra do lado do meu prédio justo no dia que eu resolvo parar cedo pra descançar? Isso só pode ser brincadeira. E de muito mal gosto. Daí tu põe aquele bom e velho Rising Tied pra rolar e tenta dormir um pouco.
Arfff...
Já são quase 18h. Tá na hora de se esticar, jogar aquela água na lata pra despertar e vamos pra cozinha fazer algo pra comer.
Hummm, deixa eu ver aqui. Salada, macarrão, arroz, bife, não pode faltar o bom e velho bife. De boa. Aqui vamos nós. Mas então, que me... é essa? Era só o que me faltava, o fogão bichou de novo. Eu sabia que era pra eu ter comprado logo outro novo. Arfff...
Lá vamos nós pra o tiozinho chines da esquina. Esse velho é o meu Sassá Mutema. O meu salvador da pátria. Jantar solucionado e comido, vamos trabalhar, porque se não trabalha não tem dinheiro no fim do mes.
Caminhando agente chega lá. Na estação de trem é um luxinhu. Compra o kipu, passa na catraca, desce a escada rolante, senta no banco dentro da cabine refrigerada e então o quase impossível acontece. Devido aos ventos fortes, a linha inteira teve que ser suspensa por um mínimo de 20 min. Só comigo pra acontecer dessas coizas. Os trens daqui não atrazam nunca e justo hoje ele vai demorar mais de 20 min pra chegar. O geito é caminhar. Nada que 30 min de caminhada não ajude a relaxar a mente. Arfff...
Hummm...
Noite de lua. Meio de mes. Sinal de casa cheia. Dito e feito. Normalmente a casa enche depois das duas da manhã. Ainda são 23h e já estamos quase lotados. E que de repente agente escuta lá no meio um ruído que ninguém gosta de escutar. Pronto. Lá se vai mais um copo de cerveja. E lá vai eu procurar uma das meninas pra limpar o lugar. Tudo terminado e limpo. A bagunça não pára. Já passando das 3h da manhã e a bomba aparece, cade a caixa de cerveja que tava aqui? Já saiu faz tempo. Lá se foi a última caixa de Corona e eu só tenho mais da metade da garrafa de Grey Goose. Ainda bem que o povo já tá indo. Depois da tormenta, vem a calmaria.
Quase 6h da manhã. eu terminando de arrumar tudo. Depois de pagar as meninas. O DJ. Os ajudantes de papai noel vem mais uma bomba. As patroas filipinas vão já chegar.
Arfff...
Só depois das 8 que eu vou chegar em casa.
Cansado. Estressado. Esfomeado. Cítrico. Agente chega em casa.
Já são quase dez horas da manhã.
E o dia começa igualzinho o que acabou de passar.
Cade o maldito leite que tava aqui na geladeira ontem de manhã?
Salve o 7-Eleven...
terça-feira, 14 de julho de 2009
Why do all good things come to an'end???
pe.1: leia este texto escutando essa música -> http://www.youtube.com/watch?v=ScsTT749-2g&feature=fvsre1
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Caraca,
Não sei como posso dizer algo assim,
Não sei com que palavras posso descrever algo assim,
Não sei em que língua eu poderia explicar o que sinto.
A única coisa que eu realmente sei é,
Como eu amo a minha vida.
Olhe no espelho,
Reflita por um instante, e diga,
Quem voce ve olhando de volta?
É a pessoa que voce quer ser?
Ou há a pessoa que voce deveria ter se tornado?
A pessoa que voce queria ser,
Mas por algum motivo se desviou no caminho.
Tem alguem dizendo que voce não consegue
Ou não pode fazer algo?
Porque voce pode.
Se voce quiser fazer algo,
Quando voce quiser fazer algo.
Nao pense o quão ruim poderia ser o resultado,
Ou o quanto de bom poderia aparecer no final.
Porque quanto mais voce pensar no sim ou no não,
Menores são as chances de voce realizar algo que queira.
Acredite que o amor está lá fora.
Saia e vá procurá-lo.
Onde quer que ele esteja,
Se voce o quer, um dia vai te-lo consigo.
Não precisa ser uma pessoa do sexo oposto,
Ou uma do mesmo sexo.
Não precisa ser um animal de estimação,
Ou uma paisagem entre um milhão.
Somente encontre algo que te encante
E te deixe apaixonado.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
As vezes a felicidade não vem do dinheiro,
Da fama ou do poder.
As vezes a felicidade vem de bons amigos, da família.
E da nobreza silenciosa de ter uma boa vida.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
Se essa história fosse um filme,
A boa e velha Hollywood colocaria um final feliz nesse texto.
Mas essa história não é um filme.
Então só resta a nós mesmos fazermos o nosso final.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
O amor está em todas as cores,
A felicidade está em todos os lugares.
Daltonico ou não, voce só precisa abrir os olhos e enchergar.
Então de uma boa olhada naquele espelho
E lembre-se de ser feliz.
Porque voce, como todos os outros ao seu redor,
Merece ser feliz.
Acredite nisso.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
Eu,
Eu posso dizer isso.
Com certeza.
-------------------------------------------------------------------------------------
ps.1: Onde quer que eu esteja. Voce vai ser sempre a única e a melhor história que já escreveram sobre mim. No futuro eu vou ter uma outra boa razão pra viver. No presente eu só tenho voce. Quanto ao passado, que fique no passado. Te amo. Feliz Aniversário Mãe.
-------------------------------------------------------------------------------------
Caraca,
Não sei como posso dizer algo assim,
Não sei com que palavras posso descrever algo assim,
Não sei em que língua eu poderia explicar o que sinto.
A única coisa que eu realmente sei é,
Como eu amo a minha vida.
Olhe no espelho,
Reflita por um instante, e diga,
Quem voce ve olhando de volta?
É a pessoa que voce quer ser?
Ou há a pessoa que voce deveria ter se tornado?
A pessoa que voce queria ser,
Mas por algum motivo se desviou no caminho.
Tem alguem dizendo que voce não consegue
Ou não pode fazer algo?
Porque voce pode.
Se voce quiser fazer algo,
Quando voce quiser fazer algo.
Nao pense o quão ruim poderia ser o resultado,
Ou o quanto de bom poderia aparecer no final.
Porque quanto mais voce pensar no sim ou no não,
Menores são as chances de voce realizar algo que queira.
Acredite que o amor está lá fora.
Saia e vá procurá-lo.
Onde quer que ele esteja,
Se voce o quer, um dia vai te-lo consigo.
Não precisa ser uma pessoa do sexo oposto,
Ou uma do mesmo sexo.
Não precisa ser um animal de estimação,
Ou uma paisagem entre um milhão.
Somente encontre algo que te encante
E te deixe apaixonado.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
As vezes a felicidade não vem do dinheiro,
Da fama ou do poder.
As vezes a felicidade vem de bons amigos, da família.
E da nobreza silenciosa de ter uma boa vida.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
Se essa história fosse um filme,
A boa e velha Hollywood colocaria um final feliz nesse texto.
Mas essa história não é um filme.
Então só resta a nós mesmos fazermos o nosso final.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
O amor está em todas as cores,
A felicidade está em todos os lugares.
Daltonico ou não, voce só precisa abrir os olhos e enchergar.
Então de uma boa olhada naquele espelho
E lembre-se de ser feliz.
Porque voce, como todos os outros ao seu redor,
Merece ser feliz.
Acredite nisso.
Acredite que os sonhos podem se realizar todos os dias.
Porque eles se realizam.
Eu,
Eu posso dizer isso.
Com certeza.
-------------------------------------------------------------------------------------
ps.1: Onde quer que eu esteja. Voce vai ser sempre a única e a melhor história que já escreveram sobre mim. No futuro eu vou ter uma outra boa razão pra viver. No presente eu só tenho voce. Quanto ao passado, que fique no passado. Te amo. Feliz Aniversário Mãe.
domingo, 12 de julho de 2009
Cada caso é um caso
Se liga nessa idiotisse.
Quando eu estudava no colégio interno, eu saía nos fins de semana (coiza que poucos tinham o mesmo privilégio), comprava uns cigarros, bebidas, biscoitos, salgados até mesmo uns bonés e umas camisetas. Chegava com a muchila cheia de coizas e vendia pra os loucos que não podiam sair porque não tinham pra onde ir. Por quase o dobro do preço.
Mas nunca entorpecentes. Só alcool de vez enquando.
Mas mesmo assim fui taxado como "traficante de drogas".
A quase 4 anos eu estou fora do país.
De repente no meio de uma conversa. Eu fico sabendo que a minha vida inteira eu fui usuário de entorpecentes nivel 3 e 4 (maconha e cocaína, escala estipulada por profissionais do Governo Federal).
Eu nunca neguei e não tenho porquê negar. Sempre gostei de ecstase. Tinha música eletrônica, tinha ecstase.
Mas nunca fumei nem cheirei. Muito pelo contrário. Sempre fui a favor das campanhas anti-tabagismo. Tanto que fiz a minha mãe e o meu pai pararem de fumar cigarros.
Eu acho até mesmo que sou um fumante por amizades. Não entendeu? Eu explico. Quase todo mundo que eu conheço fuma. Se eu não posso fazê-los pararem de fumar. O geito é ficar quieto e apreciar a beleza de cheiro que a fumacinha deles me deixa na roupa e acabar por me fazer respirá-lo também.
O que mais me chateia. É que conviver por tanto tempo com umas pessoas, achando que são amigas, que são boas pessoas, honestas, direitas.
Depois de tantos anos, essas mesmas pessoas possam dizer algo desse tipo da minha pessoa.
Eu nunca fui santo e por isso não me atrevo a falar mal de ninguém (a esse respeito). Se tem alguém que curte um baseado, um mesclado, uma carreirinha, um cristal ou até mesmo uma boa e velha maria joana bolada na casca de milho, o que eu posso fazer a respeito? Creio eu que nada. Até onde possa me afetar, esse não é um problema que eu possa dizer ser meu. Certo ou errado?
Mas ainda assim eles dizem:
-"Quem? O Raphael Leite? Esse cheirava mais que aspirador de pó em dia de limpeza."
Pra alguém falar algo desse tipo a meu respeito. Só pode ser alguém que eu deva ter tido algum desentendimento muito forte. Ainda não posso acreditar que uma pessoa que andava na minha casa possa ter começado uma conversa como esta.
Se bem que chifre é o meu quase sobre-nome. Tanto já levei alguns, como já botei aos montes (na maioria das vezes devolvendo a moeda no mesmo valor, entendeu né? hehe hehe).
Sabe outra coiza que me procupa muito também, a esse respeito. É que pessoas próximas. Digo, muito, mas muito próximas mesmo, ainda conseguem ouvir algo desse tipo e acreditar. Como isso pode ser possível? Mais aberto que o livro da minha vida, só as pernas da Veridiana (essa parte foi uma piada, viu Bocão?).
E ainda tem gente que vive me perguntando, quando eu vou voltar pra Castanhal (PA)?
Primeiro que eu nem queria mais ir pra lá.
Segundo que eu nem queria mais ir pra o Brasil.
Já me chamaram de bossal, mamãezado, de tudo que se possa chamar uma pessoa que por imagem criada pelos outros. Não quer voltar pra casa porque sentiu o gostinho do dinheiro e do primeiro mundo. Merda. Pura merda. Pura babaquice.
Se eu falo que não me vejo no mesmo mundinho de antes. É porque não consigo me ver trancado em uma caverna onde todos sabem tudo de todos (ou pensam que sabem e falam aos quatro ventos tudo que querem que seja verdade).
Eu já vi o sol nascer vermelho e se pôr cor-de-rosa. Já vi o mar encher azul e secar verde. Já vi a água se movendo debaixo do bangalô, como se fosse uma jarra de água gigante. Já vi uns nativos pescarem com lança feita de tronco de árvore. Já vi festas na praia pra comemorar a chegada da primavera, deixando o povo livre de tempestades e furacões. Já vi até lugares onde houveram batalhas que fizeram incontáveis números de mortos e que hoje são solos sagrados.
Voltar pra quê. Pra ir na praça do Estrela no domingo à noite ver o som da Ichiban Sound tocar? Ou pra ir no calçadão no domingo de tarde comer algo nas barracas de cinquentinha? Talvez pra ir em uma das maravilhosas festas da Beer House em um sábado à noite? Quem sabe? Um dia talvez? Porque não?
Pode ser a vida de alguém sendo descrita aqui nesse finalzinho de texto. Mas sem querer ofender ninguém.
Não é essa vida que eu quero pra mim. Não de novo.
Desculpas se ofendi alguém com alguma parte desse texto. Mas creio que o ofendido, no final das contas, sou eu mesmo.
Quando eu estudava no colégio interno, eu saía nos fins de semana (coiza que poucos tinham o mesmo privilégio), comprava uns cigarros, bebidas, biscoitos, salgados até mesmo uns bonés e umas camisetas. Chegava com a muchila cheia de coizas e vendia pra os loucos que não podiam sair porque não tinham pra onde ir. Por quase o dobro do preço.
Mas nunca entorpecentes. Só alcool de vez enquando.
Mas mesmo assim fui taxado como "traficante de drogas".
A quase 4 anos eu estou fora do país.
De repente no meio de uma conversa. Eu fico sabendo que a minha vida inteira eu fui usuário de entorpecentes nivel 3 e 4 (maconha e cocaína, escala estipulada por profissionais do Governo Federal).
Eu nunca neguei e não tenho porquê negar. Sempre gostei de ecstase. Tinha música eletrônica, tinha ecstase.
Mas nunca fumei nem cheirei. Muito pelo contrário. Sempre fui a favor das campanhas anti-tabagismo. Tanto que fiz a minha mãe e o meu pai pararem de fumar cigarros.
Eu acho até mesmo que sou um fumante por amizades. Não entendeu? Eu explico. Quase todo mundo que eu conheço fuma. Se eu não posso fazê-los pararem de fumar. O geito é ficar quieto e apreciar a beleza de cheiro que a fumacinha deles me deixa na roupa e acabar por me fazer respirá-lo também.
O que mais me chateia. É que conviver por tanto tempo com umas pessoas, achando que são amigas, que são boas pessoas, honestas, direitas.
Depois de tantos anos, essas mesmas pessoas possam dizer algo desse tipo da minha pessoa.
Eu nunca fui santo e por isso não me atrevo a falar mal de ninguém (a esse respeito). Se tem alguém que curte um baseado, um mesclado, uma carreirinha, um cristal ou até mesmo uma boa e velha maria joana bolada na casca de milho, o que eu posso fazer a respeito? Creio eu que nada. Até onde possa me afetar, esse não é um problema que eu possa dizer ser meu. Certo ou errado?
Mas ainda assim eles dizem:
-"Quem? O Raphael Leite? Esse cheirava mais que aspirador de pó em dia de limpeza."
Pra alguém falar algo desse tipo a meu respeito. Só pode ser alguém que eu deva ter tido algum desentendimento muito forte. Ainda não posso acreditar que uma pessoa que andava na minha casa possa ter começado uma conversa como esta.
Se bem que chifre é o meu quase sobre-nome. Tanto já levei alguns, como já botei aos montes (na maioria das vezes devolvendo a moeda no mesmo valor, entendeu né? hehe hehe).
Sabe outra coiza que me procupa muito também, a esse respeito. É que pessoas próximas. Digo, muito, mas muito próximas mesmo, ainda conseguem ouvir algo desse tipo e acreditar. Como isso pode ser possível? Mais aberto que o livro da minha vida, só as pernas da Veridiana (essa parte foi uma piada, viu Bocão?).
E ainda tem gente que vive me perguntando, quando eu vou voltar pra Castanhal (PA)?
Primeiro que eu nem queria mais ir pra lá.
Segundo que eu nem queria mais ir pra o Brasil.
Já me chamaram de bossal, mamãezado, de tudo que se possa chamar uma pessoa que por imagem criada pelos outros. Não quer voltar pra casa porque sentiu o gostinho do dinheiro e do primeiro mundo. Merda. Pura merda. Pura babaquice.
Se eu falo que não me vejo no mesmo mundinho de antes. É porque não consigo me ver trancado em uma caverna onde todos sabem tudo de todos (ou pensam que sabem e falam aos quatro ventos tudo que querem que seja verdade).
Eu já vi o sol nascer vermelho e se pôr cor-de-rosa. Já vi o mar encher azul e secar verde. Já vi a água se movendo debaixo do bangalô, como se fosse uma jarra de água gigante. Já vi uns nativos pescarem com lança feita de tronco de árvore. Já vi festas na praia pra comemorar a chegada da primavera, deixando o povo livre de tempestades e furacões. Já vi até lugares onde houveram batalhas que fizeram incontáveis números de mortos e que hoje são solos sagrados.
Voltar pra quê. Pra ir na praça do Estrela no domingo à noite ver o som da Ichiban Sound tocar? Ou pra ir no calçadão no domingo de tarde comer algo nas barracas de cinquentinha? Talvez pra ir em uma das maravilhosas festas da Beer House em um sábado à noite? Quem sabe? Um dia talvez? Porque não?
Pode ser a vida de alguém sendo descrita aqui nesse finalzinho de texto. Mas sem querer ofender ninguém.
Não é essa vida que eu quero pra mim. Não de novo.
Desculpas se ofendi alguém com alguma parte desse texto. Mas creio que o ofendido, no final das contas, sou eu mesmo.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Eu não entendo isso...
Sabe o que eu não entendo como pode ser assim?
Se eu tento falar em japones e um japones me escuta falando, ele pergunta se eu frequentei escola japonesa. Eu respondo que não e digo que aprendi no dia-a-dia tentando conversar com japoneses e japonesas. Então ele diz que eu falo muito bem pra quem não foi a escola aprender. rsrs
Se eu tento conversar com uns americanos, eles perguntam onde eu aprendi a falar em ingles. Eu digo que aprendi assistindo filmes americanos com legendas em ingles e escutando radios e musicas tambem em ingles. Eles riem e dizem que isso é muito inteligente de minha parte e que eles não conseguiriam fazer isso se quisessem aprender o portugues e ainda dizem que eu falo muito bem o ingles, mesmo eu dizendo que não sei muito.
Se eu converso com algum mexicano, porto riquenho ou ate mesmo cubano ou equatoriano, eles dizem que por causa do portugues ser um pouco parecido com o espanhol, deve ser por isso que eu falo bem em espanhol. Dai eu digo que aprendi algumas coizinhas na escola, no Brasil e mais algumas coizinhas conversando com peruanos e colombianos aqui no Japão. Eles també dizem que isso é muito inteligente pra se fazer sozinho.
Auto-didata? Talvez.
Mas quando se faz isso perto de algum brasileiro (pelo menos os poucos que eu tenho por perto que estudaram em escolas de idiomas), eles somente riem e dizem que eu tenho que estudar mais porque eu falo muito errado.
Eu entendo que falo errado, eu não aprendi as regras como devem ser ditas. Eu so não entendo o porque de ser repreendido por pessoas tão arrogantes, se as pessoas com quem se troca as idéias conseguem elogiar o esforço de tentar se comunicar e faze-lo tão bem.
A alguns meses eu trabalho em um bar. Nesse bar, a grande maioria dos clientes que frequentam todos os fins de semana e a maior parte da semana são americanos ou falam em ingles. Alguns clientes são japoneses que falam ingles e gostam da cultura Hip-hop e dos americanos em geral, além dos clientes de outras nações asiáticas como Philipinas, Thaylandia, China e Coréia.
É impressionante como se pode aprender tanto sobre algumas culturas, simplesmente conversando.
Mas o que se aprende sobre o Brasil ou sobre os brasileiros é que são mesquinhos, impressionados, pensam em dinheiro acima de tudo (não que isso seja má idéia, rsrs), mas eu não gosto de pensar no meu povo dessa maneira. Mas o que eu posso fazer?
Se um brasileiro não consegue falar em ingles, simplesmente ri da situação, deixando o outro lado pensar que está rindo da cara dele(a). Isso deixa o outro lado a pensar que todos os brasileiros são idiotas. Mas o que eu posso fazer?
Se algumas pessoas conversam sobre o Brasil, eles falam sobre morenas dançando na rua semi-nuas. Fazendo sexo dentro de casas noturnas. Vendendo drogas em plena avenida e em plena luz do dia. Andando normalmente nas ruas com uma arma na cintura. Enquanto eu tento mostrar o melhor lugar pra se almoçar na praça do operário em São Brás, na praia lotada num fim-de-semana em Salinas, no pessoal curtindo um reggae e se divertindo em algodoal, saindo pra tomar uma ceveja glada num numa sexta a noite no Arara Blue ou no Periquito Yellow e/ou simplesmente indo no Nick Net's comer um lanche e voltar pra casa. Boring. Aborido. Chato. Mas o que eu posso fazer?
Eu tento ser o mais amigável possível. Tento Mostrar coisas melhores sobre o Brasil pra todos ao meu redor. Tento ensinar as pessoas que na minha terra tem mais coizas interessantes que simplesmente mulheres gostosas (apesar de que eu adoro essa parte, rsrs). Tento fazer com que as pessoas queiram ir pra o Brasil pra ver a Chapada Diamantina, a dos Viadeiros, as dunas dos Lençóis Maranhenses, as praias paradisíacas do litoral paraense, cearense e pernambucano (o restante do litoral eu falo quando conhecer,rsrs). Mas o que mais eu posso fazer?
Se o próprio brasileiro não faz algo pra mudar isso, o que eu posso fazer?
Eu não sei falar muito bem em ingles, mas eu mostro pra todo "gringo" que o Brasil tem muito mais pra se conhecer que mulher pelada e futebol. Eu não sei falar muito bem em japones, mas eu mostro pra todo "nihonjin" que o Brasil é muito mais que um lugar pra mandar o povo que não tem comida e lugar pra morar (mesmo que 100 anos depois eles sejam estúpidamente ricos). Eu não sei falar muito bem em espanhol, mas eu mostro pra todo "latino" que o Brasil tem muito mais história que o que eles imaginam ser o poder norte-americano traduzido pra o povo pobre da América do Sul.
Eu não sei o que eu posso fazer. Além de ser eu mesmo e tentar ser melhor que eu mesmo a cada dia.
Take your time. Try learn every day something new. Try talk about everything with everybody and try to be nice.
Usted tiene que hacer con que las personas gusten de usted e no do que usted tiene.
Até outro dia.
Flwsss...
Se eu tento falar em japones e um japones me escuta falando, ele pergunta se eu frequentei escola japonesa. Eu respondo que não e digo que aprendi no dia-a-dia tentando conversar com japoneses e japonesas. Então ele diz que eu falo muito bem pra quem não foi a escola aprender. rsrs
Se eu tento conversar com uns americanos, eles perguntam onde eu aprendi a falar em ingles. Eu digo que aprendi assistindo filmes americanos com legendas em ingles e escutando radios e musicas tambem em ingles. Eles riem e dizem que isso é muito inteligente de minha parte e que eles não conseguiriam fazer isso se quisessem aprender o portugues e ainda dizem que eu falo muito bem o ingles, mesmo eu dizendo que não sei muito.
Se eu converso com algum mexicano, porto riquenho ou ate mesmo cubano ou equatoriano, eles dizem que por causa do portugues ser um pouco parecido com o espanhol, deve ser por isso que eu falo bem em espanhol. Dai eu digo que aprendi algumas coizinhas na escola, no Brasil e mais algumas coizinhas conversando com peruanos e colombianos aqui no Japão. Eles també dizem que isso é muito inteligente pra se fazer sozinho.
Auto-didata? Talvez.
Mas quando se faz isso perto de algum brasileiro (pelo menos os poucos que eu tenho por perto que estudaram em escolas de idiomas), eles somente riem e dizem que eu tenho que estudar mais porque eu falo muito errado.
Eu entendo que falo errado, eu não aprendi as regras como devem ser ditas. Eu so não entendo o porque de ser repreendido por pessoas tão arrogantes, se as pessoas com quem se troca as idéias conseguem elogiar o esforço de tentar se comunicar e faze-lo tão bem.
A alguns meses eu trabalho em um bar. Nesse bar, a grande maioria dos clientes que frequentam todos os fins de semana e a maior parte da semana são americanos ou falam em ingles. Alguns clientes são japoneses que falam ingles e gostam da cultura Hip-hop e dos americanos em geral, além dos clientes de outras nações asiáticas como Philipinas, Thaylandia, China e Coréia.
É impressionante como se pode aprender tanto sobre algumas culturas, simplesmente conversando.
Mas o que se aprende sobre o Brasil ou sobre os brasileiros é que são mesquinhos, impressionados, pensam em dinheiro acima de tudo (não que isso seja má idéia, rsrs), mas eu não gosto de pensar no meu povo dessa maneira. Mas o que eu posso fazer?
Se um brasileiro não consegue falar em ingles, simplesmente ri da situação, deixando o outro lado pensar que está rindo da cara dele(a). Isso deixa o outro lado a pensar que todos os brasileiros são idiotas. Mas o que eu posso fazer?
Se algumas pessoas conversam sobre o Brasil, eles falam sobre morenas dançando na rua semi-nuas. Fazendo sexo dentro de casas noturnas. Vendendo drogas em plena avenida e em plena luz do dia. Andando normalmente nas ruas com uma arma na cintura. Enquanto eu tento mostrar o melhor lugar pra se almoçar na praça do operário em São Brás, na praia lotada num fim-de-semana em Salinas, no pessoal curtindo um reggae e se divertindo em algodoal, saindo pra tomar uma ceveja glada num numa sexta a noite no Arara Blue ou no Periquito Yellow e/ou simplesmente indo no Nick Net's comer um lanche e voltar pra casa. Boring. Aborido. Chato. Mas o que eu posso fazer?
Eu tento ser o mais amigável possível. Tento Mostrar coisas melhores sobre o Brasil pra todos ao meu redor. Tento ensinar as pessoas que na minha terra tem mais coizas interessantes que simplesmente mulheres gostosas (apesar de que eu adoro essa parte, rsrs). Tento fazer com que as pessoas queiram ir pra o Brasil pra ver a Chapada Diamantina, a dos Viadeiros, as dunas dos Lençóis Maranhenses, as praias paradisíacas do litoral paraense, cearense e pernambucano (o restante do litoral eu falo quando conhecer,rsrs). Mas o que mais eu posso fazer?
Se o próprio brasileiro não faz algo pra mudar isso, o que eu posso fazer?
Eu não sei falar muito bem em ingles, mas eu mostro pra todo "gringo" que o Brasil tem muito mais pra se conhecer que mulher pelada e futebol. Eu não sei falar muito bem em japones, mas eu mostro pra todo "nihonjin" que o Brasil é muito mais que um lugar pra mandar o povo que não tem comida e lugar pra morar (mesmo que 100 anos depois eles sejam estúpidamente ricos). Eu não sei falar muito bem em espanhol, mas eu mostro pra todo "latino" que o Brasil tem muito mais história que o que eles imaginam ser o poder norte-americano traduzido pra o povo pobre da América do Sul.
Eu não sei o que eu posso fazer. Além de ser eu mesmo e tentar ser melhor que eu mesmo a cada dia.
Take your time. Try learn every day something new. Try talk about everything with everybody and try to be nice.
Usted tiene que hacer con que las personas gusten de usted e no do que usted tiene.
Até outro dia.
Flwsss...
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Desabafo
Porque ao invés de perguntar, sempre mandam fazer?
Eu amo todos dessa familia louca (uns pelos outros).
Mas sinceramente, eu não nasci pra ficar enjaulado.
Não estou sendo exagerado, simplesmente depois de conhecer alguns lugares como Taiwan, Philipinas e Indonesia eu penso que voltar pra casa seria como estar preso em um lugar.
Eu nao tenho filhos (mesmo amando as meninas e o Joao Vitor como se fossem meus) pra cuidar, não tenho esposa pra carinho e segurança como me foi ensinado a fazer.
Não vou dizer que não, mas tenho medo de estar longe se algo de ruim acontecer com a Minha mãe ou o meu pai. Mas ao mesmo tempo eu tenho certeza que eles podem cuidar de si mesmos melhor do que eu poderia, se estivesse presente.
Eu sinto falta da comida da Dona Lúcia, das brincadeiras com o João Vítor e a Fernanda, das discussões com o Bruno, sinto falta de ligar pra Dona Lúcia e perguntar se ela está em casa estando bem na frente do portão da casa dela, sinto falta de tomar o cafe da manhã com o Seu Leite lá no ponto do Tio Leônidas (leite e tapioca com manteiga), sinto falta de sentar em frente ao Nosso Ponto no final da tarde, tomar uma fanta uva de garrafa de vidro (a melhor que já existiu), ler o caderno de atualidades e falar mal da vida alheia (na maioria dos casos o assunto era "quem foi corno essa semana" rsrs), sinto falta de ir lá no Simão enxer a paciencia dele com perguntas sobre eletronica (mesmo quando em algumas das vezes eu nem mesmo entendia o que ele falava, rsrs), sinto falta também das aventuras e desventuras castanhalenses.
Sem contar na falta que faz dormir numa cama quentinha, só de cuecas, sentindo o vento frio da madrugada e acordar com o latido do cachorro da vizinha ou com a gritaria do João Vítor (eu adorava essa parte).
Enfim.
Eu sinto que tenho um mundo inteiro pra conhecer e tão pouco tempo pra faze-lo.
Ja tenho 30 anos e ainda nem comecei a caminhar.
Tenho certeza que um dia eu volto pra casa. Só não tenho certeza de quando e como.
Tenho certeza também que as pessoas que dizem sentir saudades, vão entender que mesmo estando longe, as pessoas também podem ser felizes.
Sinto pesar, por não assistir ao mais belo momento da vida do ser humano, que é a passagem da infancia para a fase adulta, do meu sobrinho e sobrinhas. Sempre me senti como se fosse o pai deles (ou algo parecido). Talvez por ter tido alguns tios-pai sempre por perto (Tio Pedro, Tio Fernando* e Tio Jair). Talvez por ter tanta vontade de ser pai, ter tanto amor e carinho pra dar sem a necessidade de receber algo em troca. Talvez por ter tido tantas lições de como ensinar os filhos a ser bom e humano ao mesmo tempo. Talvez por isso eu sinta uma necessidade de estar presente na vida deles.
Mas apesar de tudo isso, tenho certeza que todos vão ser excelentes pessoas e terão um futuro grandioso pela frente.
Quando eu penso na época da adolescencia (ou aborrescencia), eu lembro do quanto era bom ir pra praia com os primos e os amigos, do quanto era bom sair da escola e ir pra praça fazer nada no fim da tarde ou pular o muro da escola pra tomar café da manhã em casa (isso quando era leite peidão e bolacha de sal na merenda escolar, rsrs, quando era yogurte e bolacha doce eu entrava na fila umas 3 ou 4 vezes, rsrs).
Quando penso nas burradas que já fiz, penso também que poderia ter feito burradas melhores, penso que poderia ter feito muitas coizas melhores.
Quando sinto vontade de voltar pra casa, vejo uma vastidão de lugares que eu poderia conhecer, sinto um turbilhão de emoções que eu poderia sentir, vejo um clarão de luz que poderia me fazer ver melhor a vida que eu tive e que eu poderia ter, mas o que eu não vejo e também não sinto é a vontade e/ou necessidade de voltar pra casa. Aí o pensamento se vai e os olhos começam a brilhar, imaginando como seria a vida daqui pra frente.
Alucinante ou alucinada?
Emocionante ou emotivada?
Todos temos o nosso sonho de consumo, o nosso desejo de termos algo de bom nas nossas vidas.
Eu também tenho todos esses sentimentos e desejos.
Eu sonhava em acordar de manhã, tomar café ouvindo o choro de quem não quer ir pra aula, deixar os filhos na escola, ir trabalhar no meu proprio escritorio de consultoria, sair pra almoçar com a esposa, pegar as crianças na escola depois do almoço, voltar pra casa no final da tarde e encontrar uma bagunça das grandes na sala e dar uma bronca nos "bambinos". Sempre sonhei com uma vida normal.
Mas quando agente cresce e conhece tantas pessoas diferentes, tantas culturas diferentes da nossa, aprende a falar tantas coizas totalmente diferentes das que estamos acostumados no dia-a-dia. Não dá pra ser como antes.
Sinto muito.
Mas voltar pra casa está ficando cada vez mais distante no meu pensamento.
Seja o que Deus quiser daqui pra frente.
Espero que todos compreendam e me desejem sorte nessa empreitada.
Quem sabe um dia um vento do litoral me leve de volta pra casa.
Quem sabe um dia uma garrafa chegue trazida pelas ondas do mar e quando alguem a abra, eu apareça.
Quem sabe?
Eu amo todos dessa familia louca (uns pelos outros).
Mas sinceramente, eu não nasci pra ficar enjaulado.
Não estou sendo exagerado, simplesmente depois de conhecer alguns lugares como Taiwan, Philipinas e Indonesia eu penso que voltar pra casa seria como estar preso em um lugar.
Eu nao tenho filhos (mesmo amando as meninas e o Joao Vitor como se fossem meus) pra cuidar, não tenho esposa pra carinho e segurança como me foi ensinado a fazer.
Não vou dizer que não, mas tenho medo de estar longe se algo de ruim acontecer com a Minha mãe ou o meu pai. Mas ao mesmo tempo eu tenho certeza que eles podem cuidar de si mesmos melhor do que eu poderia, se estivesse presente.
Eu sinto falta da comida da Dona Lúcia, das brincadeiras com o João Vítor e a Fernanda, das discussões com o Bruno, sinto falta de ligar pra Dona Lúcia e perguntar se ela está em casa estando bem na frente do portão da casa dela, sinto falta de tomar o cafe da manhã com o Seu Leite lá no ponto do Tio Leônidas (leite e tapioca com manteiga), sinto falta de sentar em frente ao Nosso Ponto no final da tarde, tomar uma fanta uva de garrafa de vidro (a melhor que já existiu), ler o caderno de atualidades e falar mal da vida alheia (na maioria dos casos o assunto era "quem foi corno essa semana" rsrs), sinto falta de ir lá no Simão enxer a paciencia dele com perguntas sobre eletronica (mesmo quando em algumas das vezes eu nem mesmo entendia o que ele falava, rsrs), sinto falta também das aventuras e desventuras castanhalenses.
Sem contar na falta que faz dormir numa cama quentinha, só de cuecas, sentindo o vento frio da madrugada e acordar com o latido do cachorro da vizinha ou com a gritaria do João Vítor (eu adorava essa parte).
Enfim.
Eu sinto que tenho um mundo inteiro pra conhecer e tão pouco tempo pra faze-lo.
Ja tenho 30 anos e ainda nem comecei a caminhar.
Tenho certeza que um dia eu volto pra casa. Só não tenho certeza de quando e como.
Tenho certeza também que as pessoas que dizem sentir saudades, vão entender que mesmo estando longe, as pessoas também podem ser felizes.
Sinto pesar, por não assistir ao mais belo momento da vida do ser humano, que é a passagem da infancia para a fase adulta, do meu sobrinho e sobrinhas. Sempre me senti como se fosse o pai deles (ou algo parecido). Talvez por ter tido alguns tios-pai sempre por perto (Tio Pedro, Tio Fernando* e Tio Jair). Talvez por ter tanta vontade de ser pai, ter tanto amor e carinho pra dar sem a necessidade de receber algo em troca. Talvez por ter tido tantas lições de como ensinar os filhos a ser bom e humano ao mesmo tempo. Talvez por isso eu sinta uma necessidade de estar presente na vida deles.
Mas apesar de tudo isso, tenho certeza que todos vão ser excelentes pessoas e terão um futuro grandioso pela frente.
Quando eu penso na época da adolescencia (ou aborrescencia), eu lembro do quanto era bom ir pra praia com os primos e os amigos, do quanto era bom sair da escola e ir pra praça fazer nada no fim da tarde ou pular o muro da escola pra tomar café da manhã em casa (isso quando era leite peidão e bolacha de sal na merenda escolar, rsrs, quando era yogurte e bolacha doce eu entrava na fila umas 3 ou 4 vezes, rsrs).
Quando penso nas burradas que já fiz, penso também que poderia ter feito burradas melhores, penso que poderia ter feito muitas coizas melhores.
Quando sinto vontade de voltar pra casa, vejo uma vastidão de lugares que eu poderia conhecer, sinto um turbilhão de emoções que eu poderia sentir, vejo um clarão de luz que poderia me fazer ver melhor a vida que eu tive e que eu poderia ter, mas o que eu não vejo e também não sinto é a vontade e/ou necessidade de voltar pra casa. Aí o pensamento se vai e os olhos começam a brilhar, imaginando como seria a vida daqui pra frente.
Alucinante ou alucinada?
Emocionante ou emotivada?
Todos temos o nosso sonho de consumo, o nosso desejo de termos algo de bom nas nossas vidas.
Eu também tenho todos esses sentimentos e desejos.
Eu sonhava em acordar de manhã, tomar café ouvindo o choro de quem não quer ir pra aula, deixar os filhos na escola, ir trabalhar no meu proprio escritorio de consultoria, sair pra almoçar com a esposa, pegar as crianças na escola depois do almoço, voltar pra casa no final da tarde e encontrar uma bagunça das grandes na sala e dar uma bronca nos "bambinos". Sempre sonhei com uma vida normal.
Mas quando agente cresce e conhece tantas pessoas diferentes, tantas culturas diferentes da nossa, aprende a falar tantas coizas totalmente diferentes das que estamos acostumados no dia-a-dia. Não dá pra ser como antes.
Sinto muito.
Mas voltar pra casa está ficando cada vez mais distante no meu pensamento.
Seja o que Deus quiser daqui pra frente.
Espero que todos compreendam e me desejem sorte nessa empreitada.
Quem sabe um dia um vento do litoral me leve de volta pra casa.
Quem sabe um dia uma garrafa chegue trazida pelas ondas do mar e quando alguem a abra, eu apareça.
Quem sabe?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Desculpas
Eu não vou mais postar o livro que eu estava lendo.
Primeiro: porque eu nao gostei do final da historia.
Segundo: porque eu nao sei onde esta o livro. Devo ter deixado em algum lugar entre o aqui e o ali.
Desculpas a todos que se interessaram poela historia.
Mudando de pau pra cacete. Imaginem voces que estao no Brasil. Que o governo japones esta ficando cada dia mais esperto. Coisa que muita gente duvida, ja que eles nao inventam nada, so copiam com melhorias e poem no mercado com outro nome.
Antes eles queriam que todos os brasileiros que quisessem viver no Japao por muito tempo, passassem a trabalhar e pagar os impostos como os japoneses. Ate ai tudo bem.
Depois eles ficaram pensando (coisa que nao fazem muito), e decidiram que era melhor pra o governo, se aumentassem o valor dos impostos pra o estrangeiros, valor um pouco menor pra os que tenham o visto de permanencia e nao o temporario (normalmente de 3 anos).
Agora vejam so. Como ninguem esperava por uma crise como essa que estamos passando (culpa dos banqueiros americanos que inventaram de vender casas de meio milhao pra quem so ganha meia centena de dolares e gasta mais que o dobro com despesas), os japoneses decidiram fingir que estavam ajudando os dekasseguis (tambem conhecidos como os sem-teto), dando uma ajuda de custo para os mesmos.
Quando eles viram que o dinheiro nao ia dar conta do recado, pelo motivo de que a economia nao iria crescer em tempo habil pra repor com os impostos das fabricas e dos contribuintes normais (ou anormais), eles decidiram "inovar".
- Vamos financiar a passagem de volta para o Brasil.
Isso significa que tu poderia pagar a passagem parcelada na prefeitura da sua cidade. Caso que voce so poderia efetuar em 3 estados japoneses e somente um deles tem uma concentracao de brasileiros relativamente grande. Ponto pra o governo "estadual".
Mas dai veio os federais "too smart" e decidiram que isso nao ia vingar. Dae devidiram pensar de novo.
Eu sempre digo.
- Quem muito pensa, responde errado no vestibular e reprova no teste do DETRAN.
Melhor que financiar as passagens seria oforecer uma ajuda para o retorno nao ser com uma mao na frente e outra atraz. Boa ideia?
Primeiro, se voce aceitar essa tal "ajuda", nao pode mais retornar ao Japao por longo periodo. E como se fosse um -"Vaza e nao volta mais, vagabundo."
Uma pena.
Parece que eles querem extraditar todo mundo e nao sabem como.
Quando um "bom samaritano" resolve aparecer na midia com uma ideia inovadora. O coitado e vaiado e ainda levou uma saraivada de tapas no congresso, quando expos a ideia. Que era a seguinte:
-"Da a esmola pra esse bando de vagabundo ir embora e diz pra eles assinarem um documento dizendo que se eles quiserem voltar, devem pagar o dinheiro de volta pra o governo."
Ainda bem que eu nao estava la. Se nao ia dar era uma dedada no toba desse maldito. Agente trabalha feito doido. Entra as 8h, tira meia hora pra almocar, para la pelas 17h pra tomar um suco com pao e sai la pelas 20 ou 22h quebrado. So o caldo da carne seca. E ainda me aparecem com umas ideias como essas pra fingir que querem ajudar.
Se eu fosse o Hiro Nakamura, ia por o cabo de vassoura na metade desses malditos e a outra metade eu ia por no micro-ondas.
E ainda tem gente que me pergunta se e bom morar aqui.
Passar umas ferias e muito bom. Morar e normal e aceitavel. Viver e quase impossivel.
A sorte de algumas pessoas (como a minha), e ter um patrao metade keniano, metade ingles e trabalhar em um lugar onde tu podes conversar em portugues, espanhol, ingles e ainda aprender tagalo (lingua philipina, mesmo que seja so palavrao, hehe hehe), poder atender o celular quando quiser (salve os fones bluetouth) e ainda dar em cima das mulheres (essa e a melhor parte).
Resumindo, quando eu voltar pra o Brasil. Vou me candidatar a deputado, e implementar uma lei que exija ate a assinatura da tataravo do maldito que queira entrar no brasil e ainda por uma tornozeleira com GPS pra esse povo aprender como e se sentir perseguido e observado por todo lugar onde se anda.
Eu (falando por mim mesmo), nunca sei se eles estao olhando mais um cara muito feio andando nas ruas ou estao olhando um cara que propavelmente deve estar morando debaixo da ponde de Hirasawa, porque nao tem onde morar, ja que esta sem emprego e sem dinheiro ate pra comer.
Com essa crise da gripe das galinhas, do porco, da vaca louca, e da nega do codo. Os americanos estao exigindo exames de sangue nos maiores aeroportos de la agora. Imagina que eu vou ter que mostrar meus globulos pra esses malditos agora tambem. Vai saber o que eles vao fazer com a amostra de sangue depois. E parecido com o teste do pezinho. Mas e dai, e uma amostra de sangue do mesmo geito.
Sabe o que os malditos falam aqui?
- Eu adoro o brasil. Quando for la quero ver de perto aquelas tribos indigenas de tem as mulheres andando nuas pra todo lado.
Eu creio que ele se referia ao baile de carnaval do SkalaGay. Porque eu nasci em Altamira (estado do Para) e nunca vi nenhuma india andando nua pelo meio da rua. Ja vi em cerimonias tribais.
Arfff...
Tenho que ir trabalhar. Outro dia eu posto alguma coisa mais. Acho que vou na Disney agora em Junho. Dae posto algo sobre o sonho de consumo de todo ser vivo (normal) do mundo. Quem nunca sonhou em tirar uma foto com o Mikey, a Minie, o Pato Donald ou o Pateta (o meu preferido).
Vou indo. Bom fim-de-semana pra todos voces que me leem.
Xeru...
Fui...
Primeiro: porque eu nao gostei do final da historia.
Segundo: porque eu nao sei onde esta o livro. Devo ter deixado em algum lugar entre o aqui e o ali.
Desculpas a todos que se interessaram poela historia.
Mudando de pau pra cacete. Imaginem voces que estao no Brasil. Que o governo japones esta ficando cada dia mais esperto. Coisa que muita gente duvida, ja que eles nao inventam nada, so copiam com melhorias e poem no mercado com outro nome.
Antes eles queriam que todos os brasileiros que quisessem viver no Japao por muito tempo, passassem a trabalhar e pagar os impostos como os japoneses. Ate ai tudo bem.
Depois eles ficaram pensando (coisa que nao fazem muito), e decidiram que era melhor pra o governo, se aumentassem o valor dos impostos pra o estrangeiros, valor um pouco menor pra os que tenham o visto de permanencia e nao o temporario (normalmente de 3 anos).
Agora vejam so. Como ninguem esperava por uma crise como essa que estamos passando (culpa dos banqueiros americanos que inventaram de vender casas de meio milhao pra quem so ganha meia centena de dolares e gasta mais que o dobro com despesas), os japoneses decidiram fingir que estavam ajudando os dekasseguis (tambem conhecidos como os sem-teto), dando uma ajuda de custo para os mesmos.
Quando eles viram que o dinheiro nao ia dar conta do recado, pelo motivo de que a economia nao iria crescer em tempo habil pra repor com os impostos das fabricas e dos contribuintes normais (ou anormais), eles decidiram "inovar".
- Vamos financiar a passagem de volta para o Brasil.
Isso significa que tu poderia pagar a passagem parcelada na prefeitura da sua cidade. Caso que voce so poderia efetuar em 3 estados japoneses e somente um deles tem uma concentracao de brasileiros relativamente grande. Ponto pra o governo "estadual".
Mas dai veio os federais "too smart" e decidiram que isso nao ia vingar. Dae devidiram pensar de novo.
Eu sempre digo.
- Quem muito pensa, responde errado no vestibular e reprova no teste do DETRAN.
Melhor que financiar as passagens seria oforecer uma ajuda para o retorno nao ser com uma mao na frente e outra atraz. Boa ideia?
Primeiro, se voce aceitar essa tal "ajuda", nao pode mais retornar ao Japao por longo periodo. E como se fosse um -"Vaza e nao volta mais, vagabundo."
Uma pena.
Parece que eles querem extraditar todo mundo e nao sabem como.
Quando um "bom samaritano" resolve aparecer na midia com uma ideia inovadora. O coitado e vaiado e ainda levou uma saraivada de tapas no congresso, quando expos a ideia. Que era a seguinte:
-"Da a esmola pra esse bando de vagabundo ir embora e diz pra eles assinarem um documento dizendo que se eles quiserem voltar, devem pagar o dinheiro de volta pra o governo."
Ainda bem que eu nao estava la. Se nao ia dar era uma dedada no toba desse maldito. Agente trabalha feito doido. Entra as 8h, tira meia hora pra almocar, para la pelas 17h pra tomar um suco com pao e sai la pelas 20 ou 22h quebrado. So o caldo da carne seca. E ainda me aparecem com umas ideias como essas pra fingir que querem ajudar.
Se eu fosse o Hiro Nakamura, ia por o cabo de vassoura na metade desses malditos e a outra metade eu ia por no micro-ondas.
E ainda tem gente que me pergunta se e bom morar aqui.
Passar umas ferias e muito bom. Morar e normal e aceitavel. Viver e quase impossivel.
A sorte de algumas pessoas (como a minha), e ter um patrao metade keniano, metade ingles e trabalhar em um lugar onde tu podes conversar em portugues, espanhol, ingles e ainda aprender tagalo (lingua philipina, mesmo que seja so palavrao, hehe hehe), poder atender o celular quando quiser (salve os fones bluetouth) e ainda dar em cima das mulheres (essa e a melhor parte).
Resumindo, quando eu voltar pra o Brasil. Vou me candidatar a deputado, e implementar uma lei que exija ate a assinatura da tataravo do maldito que queira entrar no brasil e ainda por uma tornozeleira com GPS pra esse povo aprender como e se sentir perseguido e observado por todo lugar onde se anda.
Eu (falando por mim mesmo), nunca sei se eles estao olhando mais um cara muito feio andando nas ruas ou estao olhando um cara que propavelmente deve estar morando debaixo da ponde de Hirasawa, porque nao tem onde morar, ja que esta sem emprego e sem dinheiro ate pra comer.
Com essa crise da gripe das galinhas, do porco, da vaca louca, e da nega do codo. Os americanos estao exigindo exames de sangue nos maiores aeroportos de la agora. Imagina que eu vou ter que mostrar meus globulos pra esses malditos agora tambem. Vai saber o que eles vao fazer com a amostra de sangue depois. E parecido com o teste do pezinho. Mas e dai, e uma amostra de sangue do mesmo geito.
Sabe o que os malditos falam aqui?
- Eu adoro o brasil. Quando for la quero ver de perto aquelas tribos indigenas de tem as mulheres andando nuas pra todo lado.
Eu creio que ele se referia ao baile de carnaval do SkalaGay. Porque eu nasci em Altamira (estado do Para) e nunca vi nenhuma india andando nua pelo meio da rua. Ja vi em cerimonias tribais.
Arfff...
Tenho que ir trabalhar. Outro dia eu posto alguma coisa mais. Acho que vou na Disney agora em Junho. Dae posto algo sobre o sonho de consumo de todo ser vivo (normal) do mundo. Quem nunca sonhou em tirar uma foto com o Mikey, a Minie, o Pato Donald ou o Pateta (o meu preferido).
Vou indo. Bom fim-de-semana pra todos voces que me leem.
Xeru...
Fui...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Cobras e Piercings
Traduzido do japones.
Autora: Hitomi Kamehara
Um livro interessante e atual. Meu gosto por literatura nao me faz muito intelectual mas me deixa mais intelectualizado. Nao tenho tempo pra postar tudo de uma vez, entao vou pondo aos poucos. Lembrem-se de ler o capitulo anterior primeiro. Vou classificar por numero de partes pra facilitar a leitura de quem nao acompanha de perto esse blog. Obrigado a todos.
Cobras e Piercings (Part 1)
- Ja ouviu falar em Split tongue?
- O que e isso? Lingua bifurcada?
- Exatamente. Tipo a de cobras, lagartos e outros repteis. So que, noutra especie de bixo.
O homem tirou tranquilamente o cigarro dos labios e colocou a lingua para fora. De fato, a ponta se partia em duas, a semelhanca da lingua de uma cobra. Percebendo que eu a observava fascinada, levantou com destreza a parte direita da lingua inserindo o cigarro entre as duas metades.
- Incrivel!!!
Foi o meu primeiro contato com uma Split tongue.
- Nao quer experimentar uma dessas? - ele falou e, involuntariamente, me vi concordando com a sugestao do cara.
So gente muito pirada faz Split tongue. O pessoal costuma chamar isso de body modification. Mas isso nao me fez parar de ouvi-lo enquanto me explicava como se faz. Colocam um piercing na lingua e usam alargadores para expandir gradualmente o orificio, depois amarrando a extremidade restante com um fio dental ou linha de pescar. Por ultimo cortam esse pedaco com bisturi ou navalha para concluir a bifurcacao lingual. Foi essa a explicacao que ele me deu sobre o procedimento. A maioria das pessoas faz body modification dessa forma, mas algumas se cortam diretamente com o bisturi, sem sequer por o piercing no meio da lingua.
- Mas isso ai e seguro. Quero dizer, as pessoas nao costumam morrer se cortarem a lingua fora? - indaguei.
- Cauterizando. A hemorragia estanca. Esse e o metodo mais rapido. Mas no meu caso usei piercing. Apesar de demorar mais, pode-se obter uma fissura mais bonita do que quando se corta abruptamente. - respondeu o homem-cobra, aparentando indiferenca.
Senti um arrepio ao imaginar a cena de uma lingua ensanguentada recebendo um ferro de cauterizacao. No momento tenho dois piercings na orelha direita, ambos de 0ga, e piercings na orelha esquerda, de baixo para cima, medinfo 0ga, 2ga e 4ga. O tamanho dos piercings e medida em unidades de gauge, cuja abreviatura e ga. quanto menos o gauge, mais grosso e o piercing. O primeiro que se poe na orelha tem em geral 14ga e 16ga, correspondendo a aproximadamente 1,5mm de expessura. Acima de 0ga existe o 00ga com cerca de 9,5mm de expessura. Os piercings maiores que isso ultrapassam 1cm e sao medidos em termos de fracoes. Mas, para ser sincera, quando o piercing ultrapassa 00ga, parece coisa de indio ai ja nao e mais questao de ficar feio ou bonito. Senti uma dor violenta quando fiz o alargamento da minha orelha e era incapaz de im aginar o quao dolorido seria alargar uma lingua. Eu so usava piercings de 16ga, mas comecei o processo de alargamento depois de conhecer num clube noturno uma moca dois anos mais velha que eu, chamada Eri, e me encantar com os piercings de 00ga que ela ostentava. Quando elogiei seus piercings, dizendo que eram lindos, ela me deu dezenas deles de perzente, em tamanhos que variavam de 0ga a 12ga. Foi tranquilo passar de 16ga para 6ga. Contudo, mudar de 4ga para 2ga e de 2ga para 0ga foi o que se pode chamar de verdadeiro alargamento: o orificio sangrava, o lobulo da orelha entumescia e se avermelhava. O entorpecimento causado pela dor durou de dois a tres dias. Demorou tres meses ate eu chegar finalmente ao de 00ga. Herdei a filosofia de Eri, segundo a qual "nao se deve usar alargador". Eu pensava justamente em experimentar um de 00ga na noite em que conheci o cara da lingua partida. Eu ja estava viciada em alargamentos e acho que isso alimentou meu interesse por aquela conversa toda sobre Split tongue. Notei que o cara tambem adorava falar daquilo.
Alguns dias depois, Ama, o homem-cobra, me levou a Desire - uma loja meio punk, que fica no subsolo de um predio afastado da area comercial da cidade. O que mais me chamou a atencao, logo na entrada, foi a foto em close de uma vagina. Havia piercings nos labios vulvares. Alem dessa, nas paredes, viam-se fotos de escrotos, tambem ornados de piercings, alem de outras tatuagens. Conforme se avancava para o interior do local, pecas de joalheria e acessorios estavam em exibicao, juntamente com chicotes e caixas com consolos. Na minha opiniao, era o tipo de loja feita para pervertidos.
Ama chamou e uma cabeca surgiu de traz do balcao. Ele era um skinhead de uns vinte e quatro ou vinte e cinco anos,com a tatuagem de um dragao enrolado no proprio rabo tatuado na parte de tras da careca.
- E ai, Ama. Cara, faz seculos que voce nao da as caras por aqui.
- Lui, este e Shiba. Esta loja e dele. Shiba, esta aqui e minha namorada.
Para dizer a verdade, eu nao me considerava a "namorada" de Ama, mas resolvi calar a boca e cumprimentei Shiba com um gesto de cabeca.
- Quem diria, heim. Conseguiu fisgar uma bem bonitinha.
Fiquei um pouco tensa.
- Viemos hoje para fazer um piercing na lingua dela.
- Hummm. Quer dizer que patricinhas tam furam a lingua e? - disse Shiba, olhando para mim com curiosidade.
- Nao sou patricinha.
- Ela tambem quer fazer Split tongue - Ama completou, rindo, como se nao estivesse escutado o que eu acabara de dizer. Lembrei-me de terem me dito em uma loja de piercings que, depois do vaginal, o lingual e o mais dolorido. Comecei a duvidar se deveria entregar a tarefa a um punk como Shiba.
- Chega aqui. Me mostra a lingua.
Aproximei-me do balcao e coloquei a lingua para fora. Shiba se inclinou ligeiramente.
- E bem fina. Nao deve doer muito, nao.
Senti um pouco de alivio ao ouvir isso.
- Mas, no caso de carne assada, depois das tripas, a parte mais dificil de mastigar nao e justamente a lingua? - perguntei.
Considerava ja a algum tempo se seria realmente seguro abrir um orificio em uma parte tao complexa do corpo.
- Garota, voce saca bem dessas coizas. Bem, e claro que doi, se comparado a orelha. Quer dizer, um pouco. Afinal, voce vai abrir um buraco na lingua, isso tem que doer.
- Shiba, nao assusta a menina desse jeito. Lui, fique fria, se eu fiz, voce tambem consegue fazer.
- Lembre que voce desmaiou na ora, Ama... Bem, esquece. Vem pra ca com essa lingua.
Shiba me indicou a parte trazeira do balcao, rindo pra mim com um jeito meio torto. Seu rosto era coberto de piercings: palpebras, sobramcelhas, nariz, labios, buchechas. Era impossivel identificar sua expressao fisionomica por traz de tanto metal, o que me impedia de imaginar o que ele poderia estar pensando. Reparei tambem as costas de suas maos, cobertas de queloides de cicatrizacoes. Por um momento imaginei que eram resultado de uma queimadura unica. Mas, observando melhor, meio que de soslaio, notei que ram varias, cada qual formada por um circulo de cerca de um centimetro de diametro. Certamente as cicatrizes provinha de imolacoes levadas a cabo por pontas de cigarro acesa. E um doido varrido, pensei.
Ama tinha sido a primeira pessoa dessa tribo que eu conhecera. E agora havia Shiba, que nao tinha uma Split tongue, mas ostentava aquela ameacadora profusao de piercings espalhados por todo o rosto. Entrei com Ama na sala dos fundos e Shiba me indicou uma cadeira de tubos metalicos. Sentei-me e vasculhei o comodo com o olhar. Havia nele uma cama, alguns instrumentos estranhos e, pelas paredes, obviamente, fotos indecentes.
- Tambem trabalha com tatuagens aqui? - perguntei.
- Sim. Sou tatuador tambem. mas essa daqui quem fez foi outra pessoa. - disse Shiba, apontando para a propria cabeca.
- Foi aqui que eu me tatuei. - Ama falou.
continua...
Autora: Hitomi Kamehara
Um livro interessante e atual. Meu gosto por literatura nao me faz muito intelectual mas me deixa mais intelectualizado. Nao tenho tempo pra postar tudo de uma vez, entao vou pondo aos poucos. Lembrem-se de ler o capitulo anterior primeiro. Vou classificar por numero de partes pra facilitar a leitura de quem nao acompanha de perto esse blog. Obrigado a todos.
Cobras e Piercings (Part 1)
- Ja ouviu falar em Split tongue?
- O que e isso? Lingua bifurcada?
- Exatamente. Tipo a de cobras, lagartos e outros repteis. So que, noutra especie de bixo.
O homem tirou tranquilamente o cigarro dos labios e colocou a lingua para fora. De fato, a ponta se partia em duas, a semelhanca da lingua de uma cobra. Percebendo que eu a observava fascinada, levantou com destreza a parte direita da lingua inserindo o cigarro entre as duas metades.
- Incrivel!!!
Foi o meu primeiro contato com uma Split tongue.
- Nao quer experimentar uma dessas? - ele falou e, involuntariamente, me vi concordando com a sugestao do cara.
So gente muito pirada faz Split tongue. O pessoal costuma chamar isso de body modification. Mas isso nao me fez parar de ouvi-lo enquanto me explicava como se faz. Colocam um piercing na lingua e usam alargadores para expandir gradualmente o orificio, depois amarrando a extremidade restante com um fio dental ou linha de pescar. Por ultimo cortam esse pedaco com bisturi ou navalha para concluir a bifurcacao lingual. Foi essa a explicacao que ele me deu sobre o procedimento. A maioria das pessoas faz body modification dessa forma, mas algumas se cortam diretamente com o bisturi, sem sequer por o piercing no meio da lingua.
- Mas isso ai e seguro. Quero dizer, as pessoas nao costumam morrer se cortarem a lingua fora? - indaguei.
- Cauterizando. A hemorragia estanca. Esse e o metodo mais rapido. Mas no meu caso usei piercing. Apesar de demorar mais, pode-se obter uma fissura mais bonita do que quando se corta abruptamente. - respondeu o homem-cobra, aparentando indiferenca.
Senti um arrepio ao imaginar a cena de uma lingua ensanguentada recebendo um ferro de cauterizacao. No momento tenho dois piercings na orelha direita, ambos de 0ga, e piercings na orelha esquerda, de baixo para cima, medinfo 0ga, 2ga e 4ga. O tamanho dos piercings e medida em unidades de gauge, cuja abreviatura e ga. quanto menos o gauge, mais grosso e o piercing. O primeiro que se poe na orelha tem em geral 14ga e 16ga, correspondendo a aproximadamente 1,5mm de expessura. Acima de 0ga existe o 00ga com cerca de 9,5mm de expessura. Os piercings maiores que isso ultrapassam 1cm e sao medidos em termos de fracoes. Mas, para ser sincera, quando o piercing ultrapassa 00ga, parece coisa de indio ai ja nao e mais questao de ficar feio ou bonito. Senti uma dor violenta quando fiz o alargamento da minha orelha e era incapaz de im aginar o quao dolorido seria alargar uma lingua. Eu so usava piercings de 16ga, mas comecei o processo de alargamento depois de conhecer num clube noturno uma moca dois anos mais velha que eu, chamada Eri, e me encantar com os piercings de 00ga que ela ostentava. Quando elogiei seus piercings, dizendo que eram lindos, ela me deu dezenas deles de perzente, em tamanhos que variavam de 0ga a 12ga. Foi tranquilo passar de 16ga para 6ga. Contudo, mudar de 4ga para 2ga e de 2ga para 0ga foi o que se pode chamar de verdadeiro alargamento: o orificio sangrava, o lobulo da orelha entumescia e se avermelhava. O entorpecimento causado pela dor durou de dois a tres dias. Demorou tres meses ate eu chegar finalmente ao de 00ga. Herdei a filosofia de Eri, segundo a qual "nao se deve usar alargador". Eu pensava justamente em experimentar um de 00ga na noite em que conheci o cara da lingua partida. Eu ja estava viciada em alargamentos e acho que isso alimentou meu interesse por aquela conversa toda sobre Split tongue. Notei que o cara tambem adorava falar daquilo.
Alguns dias depois, Ama, o homem-cobra, me levou a Desire - uma loja meio punk, que fica no subsolo de um predio afastado da area comercial da cidade. O que mais me chamou a atencao, logo na entrada, foi a foto em close de uma vagina. Havia piercings nos labios vulvares. Alem dessa, nas paredes, viam-se fotos de escrotos, tambem ornados de piercings, alem de outras tatuagens. Conforme se avancava para o interior do local, pecas de joalheria e acessorios estavam em exibicao, juntamente com chicotes e caixas com consolos. Na minha opiniao, era o tipo de loja feita para pervertidos.
Ama chamou e uma cabeca surgiu de traz do balcao. Ele era um skinhead de uns vinte e quatro ou vinte e cinco anos,com a tatuagem de um dragao enrolado no proprio rabo tatuado na parte de tras da careca.
- E ai, Ama. Cara, faz seculos que voce nao da as caras por aqui.
- Lui, este e Shiba. Esta loja e dele. Shiba, esta aqui e minha namorada.
Para dizer a verdade, eu nao me considerava a "namorada" de Ama, mas resolvi calar a boca e cumprimentei Shiba com um gesto de cabeca.
- Quem diria, heim. Conseguiu fisgar uma bem bonitinha.
Fiquei um pouco tensa.
- Viemos hoje para fazer um piercing na lingua dela.
- Hummm. Quer dizer que patricinhas tam furam a lingua e? - disse Shiba, olhando para mim com curiosidade.
- Nao sou patricinha.
- Ela tambem quer fazer Split tongue - Ama completou, rindo, como se nao estivesse escutado o que eu acabara de dizer. Lembrei-me de terem me dito em uma loja de piercings que, depois do vaginal, o lingual e o mais dolorido. Comecei a duvidar se deveria entregar a tarefa a um punk como Shiba.
- Chega aqui. Me mostra a lingua.
Aproximei-me do balcao e coloquei a lingua para fora. Shiba se inclinou ligeiramente.
- E bem fina. Nao deve doer muito, nao.
Senti um pouco de alivio ao ouvir isso.
- Mas, no caso de carne assada, depois das tripas, a parte mais dificil de mastigar nao e justamente a lingua? - perguntei.
Considerava ja a algum tempo se seria realmente seguro abrir um orificio em uma parte tao complexa do corpo.
- Garota, voce saca bem dessas coizas. Bem, e claro que doi, se comparado a orelha. Quer dizer, um pouco. Afinal, voce vai abrir um buraco na lingua, isso tem que doer.
- Shiba, nao assusta a menina desse jeito. Lui, fique fria, se eu fiz, voce tambem consegue fazer.
- Lembre que voce desmaiou na ora, Ama... Bem, esquece. Vem pra ca com essa lingua.
Shiba me indicou a parte trazeira do balcao, rindo pra mim com um jeito meio torto. Seu rosto era coberto de piercings: palpebras, sobramcelhas, nariz, labios, buchechas. Era impossivel identificar sua expressao fisionomica por traz de tanto metal, o que me impedia de imaginar o que ele poderia estar pensando. Reparei tambem as costas de suas maos, cobertas de queloides de cicatrizacoes. Por um momento imaginei que eram resultado de uma queimadura unica. Mas, observando melhor, meio que de soslaio, notei que ram varias, cada qual formada por um circulo de cerca de um centimetro de diametro. Certamente as cicatrizes provinha de imolacoes levadas a cabo por pontas de cigarro acesa. E um doido varrido, pensei.
Ama tinha sido a primeira pessoa dessa tribo que eu conhecera. E agora havia Shiba, que nao tinha uma Split tongue, mas ostentava aquela ameacadora profusao de piercings espalhados por todo o rosto. Entrei com Ama na sala dos fundos e Shiba me indicou uma cadeira de tubos metalicos. Sentei-me e vasculhei o comodo com o olhar. Havia nele uma cama, alguns instrumentos estranhos e, pelas paredes, obviamente, fotos indecentes.
- Tambem trabalha com tatuagens aqui? - perguntei.
- Sim. Sou tatuador tambem. mas essa daqui quem fez foi outra pessoa. - disse Shiba, apontando para a propria cabeca.
- Foi aqui que eu me tatuei. - Ama falou.
continua...
domingo, 12 de abril de 2009
A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso.
"LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas. Fique alerta quanto ao momento presente. Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."
Lovani Bido
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso.
"LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas. Fique alerta quanto ao momento presente. Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."
Lovani Bido
terça-feira, 31 de março de 2009
Vida e morte na vida da morte
A meia noite é a hora das maldições,
Isso, é claro, se voce acreditar nessas coisas,
E a maioria das pessoas não acreditam.
A meia noite é a hora em que
Uma porta abre do nosso mundo para o outro,
E somos visitados por espíritos obscuros
Do mundo das sombras.
Incubus, Sucubus e as velhas bruxas.
Os visitantes tem muitos e diferentes nomes,
Mas todas as histórias tem um mesmo fim.
Os demônios vem depois da meia noite,
Nas primeiras três horas do novo dia.
Quando estamos sozinhos e vulneráveis,
Dormindo profundamente e desamparados,
Quando não podemos nos mover.
Deitam sobre nós, nos pressionam, nos sufocam.
Tiram o que temos de mais precioso.
Nossa vida, nosso amor, nossa sanidade.
Nosso sono.
Isso, é claro, se voce acreditar nessas coisas.
E a maioria das pessoas não acreditam.
Mas como todo Ing tem o seu Yang.
Todo bem tem o seu mal.
Todo bom tem o seu ruim.
Todo amor tem o seu ódio.
Toda vida tem a sua morte.
Todo lado sombrio também tem o seu lado de luz.
Todos temos dois lados dentro de cada um de nós.
O espírito está no coração dos homens.
É forte, bonito.
As vezes vem para roubar algo que voce ama.
As vezes vem para proteger esse algo.
Outras vezes vem para lhe tirar o futuro.
Como também pode vir para lhe guiar a um futuro melhor.
Quando você consegue vê-lo.
Voce fica paralisado.
O medo vai se apoderar do seu coração,
Se voce não puder controlá-lo,
Ele vai lhe controlar.
Ele vai vir em forma de pesadelo,
Um demônio em forma de linda mulher.
Algo como uma das mais antigas histórias já contadas.
Histórias como as das bruxas,
Ou dos magos da luz.
Mas você vai continuar lutando contra essa escuridão.
E vai ver a luz que te procura e te faz ter forças.
A luz que te guia em um caminho belo,
E te leva a um paraíso cheio de cores.
A escuridão se vai e o pesadelo se vai.
Agora voce esta em um mundo melhor.
Quando imagina estar pronto para acordar,
E poder viver a sua vida com a graça do Senhor.
Voce descobre que vai ter a chance de viver eternamente.
Mas em outra vida, em outro lugar.
A sua luta não passou de uma provação.
E agora voce tem o perdão.
Aproveite, vai ser eterno enquanto durar.
Regitro,
Hora da morte, 00:01am.
Isso, é claro, se voce acreditar nessas coisas,
E a maioria das pessoas não acreditam.
A meia noite é a hora em que
Uma porta abre do nosso mundo para o outro,
E somos visitados por espíritos obscuros
Do mundo das sombras.
Incubus, Sucubus e as velhas bruxas.
Os visitantes tem muitos e diferentes nomes,
Mas todas as histórias tem um mesmo fim.
Os demônios vem depois da meia noite,
Nas primeiras três horas do novo dia.
Quando estamos sozinhos e vulneráveis,
Dormindo profundamente e desamparados,
Quando não podemos nos mover.
Deitam sobre nós, nos pressionam, nos sufocam.
Tiram o que temos de mais precioso.
Nossa vida, nosso amor, nossa sanidade.
Nosso sono.
Isso, é claro, se voce acreditar nessas coisas.
E a maioria das pessoas não acreditam.
Mas como todo Ing tem o seu Yang.
Todo bem tem o seu mal.
Todo bom tem o seu ruim.
Todo amor tem o seu ódio.
Toda vida tem a sua morte.
Todo lado sombrio também tem o seu lado de luz.
Todos temos dois lados dentro de cada um de nós.
O espírito está no coração dos homens.
É forte, bonito.
As vezes vem para roubar algo que voce ama.
As vezes vem para proteger esse algo.
Outras vezes vem para lhe tirar o futuro.
Como também pode vir para lhe guiar a um futuro melhor.
Quando você consegue vê-lo.
Voce fica paralisado.
O medo vai se apoderar do seu coração,
Se voce não puder controlá-lo,
Ele vai lhe controlar.
Ele vai vir em forma de pesadelo,
Um demônio em forma de linda mulher.
Algo como uma das mais antigas histórias já contadas.
Histórias como as das bruxas,
Ou dos magos da luz.
Mas você vai continuar lutando contra essa escuridão.
E vai ver a luz que te procura e te faz ter forças.
A luz que te guia em um caminho belo,
E te leva a um paraíso cheio de cores.
A escuridão se vai e o pesadelo se vai.
Agora voce esta em um mundo melhor.
Quando imagina estar pronto para acordar,
E poder viver a sua vida com a graça do Senhor.
Voce descobre que vai ter a chance de viver eternamente.
Mas em outra vida, em outro lugar.
A sua luta não passou de uma provação.
E agora voce tem o perdão.
Aproveite, vai ser eterno enquanto durar.
Regitro,
Hora da morte, 00:01am.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Ser ou não ser de ninguém
"Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação". Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida....
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão.
Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos!
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também...É não ser livre para trocar e crescer...É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão."
by Will
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação". Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida....
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão.
Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos!
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também...É não ser livre para trocar e crescer...É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão."
by Will
quinta-feira, 12 de março de 2009
Family Remains
Não existe nada mais importante.
É com eles que queremos rir nos tempos bons e são eles que nos consolam nos dias ruins.
Quando voce acorda de manhã e pensa que tudo vai ser igual a todos os outros dias. Calmo, corriqueiro, ensolarado e cansativo.
Voce se depara com um problema aqui, outro ali e de repente voce tem uma bola de neve prestes a esmagar voce por inteiro quando começar a rolar.
Voce procura um amigo pra lhe aconselhar. Conversa com um professor que sempre te dá boas dicas de como levar o dia-a-dia. Navega na internet pra ver se encontra alguma resposta mais amena pra essa situação. E continua na mesma.
Aí é que voce percebe que está procurando a resposta no lugar errado.
É na família que estão as respostas pra quase todos os males. É entre família que devemos andar nos caminhos tortuosos. É com a família que devemos discutir os assuntos mais delicados e é a família que provavelmente vai solucionar todos esses problemas.
As famílias agem diferente quando o assunto se trata de segurança. Algumas tentam encontrar na natureza, tais respostas, quando o assunto se trata de saúde. Outras fixam a ciência como algo que pode revelar mistérios quase que indecifráveis. Mas independente do tipo de família ou da certeza se realmente se encontra em família, e junto deles que devemos procurar a solução para os nossos males.
E mesmo que acredite estar na hora de voce seguir seu próprio caminho, as vozes deles ainda ecoam nas suas mentes. E algumas vezes não podemos fazer nada mais que simplesmente prestar atenção.
Quando se esta longe de casa, voce passa a enxergar as coisas de modo diferente.
A comida tem um gosto impressionante, mas te faz lembrar o quanto voce esperneava por causa daquele prato que não suportava, mas tinha que comer. Que falta voce sente, não?
O suco com leite que voce achava insuportavelmente ruim, comparando-se a bebida gelada, sem gosto algum e altamente alcoólica que voce esta prestes a experimentar pela primeira vez, te dá uma perspectiva do quanto aquele suco, servido no lanche da tarde faz falta.
O bolo com cravinho ou o mingau com louro e canela que voce deixava passar, parece um manjar dos deuses quando se tenta apreciar algo incrivelmente bonito, mas totalmente sem gosto, alem do doce sabor do chantilly e do morango em cima. Que falta faz aquele mingau de milho quentinho do domingo em família.
Quando voce esta viajando e se depara com uma estatua esculpida em pedra vulcânica, uma vista do oceano com aquela praia linda de areia branca e a água tão límpida quanto um copo de cristal e com aqueles navios que parecem tão pequenos estando em alto mar, aqueles hotéis enormes e luxuosos que voce só via nos filmes da TV, aqueles carros luxuosos que voce ficava horas admirando nas fotos das revistas.
Tudo isso te deixa tão nostálgico a ponto de sentir saudades dos bonequinhos de maça de modelar que voce levava pra praia quando era criança, passava o final de semana com a família inteira em uma casinha que mal cabia somente a sua família e ainda tinha que sobrar espaço pra o carro usado que ainda estava lotado com os colchonetes e as redes de dormir.
Quando voce encontra pessoas novas em lugares impressionantes, falando diferentes línguas em diferentes dialetos, voce fica admirado com a complexidade do mundo que te circula, raças, cores, credos e tudo aparenta ser muito simples e ao mesmo tempo complicado. Voce tenta conversar da forma mais inteligente e polida possível e ainda sente que não está perfeito, olha ao redor e pensa estar sendo alvo de olhares incômodos e tratantes. Aí voce se lembra de quanto era infantil quando criança e se encontrava em situações que pessoas falavam errado o próprio idioma, trocavam letras no meio das palavras, colocavam palavras sem nexo no meio das frases pensando estarem falando de maneira culta. Aí voce passa a perceber como as pessoas ficavam observando e tentando disfarçar o sentimento de estar sendo avaliado a todo instante. Aí voce passa a ter vergonha de rir dos erros, por mais simples que sejam, pois nesse exato momento, voce é o motivo dos risos. Mesmo que alguém se desculpe e diga que o seu “sotaque” é engraçado, ainda assim os risos são por sua causa.
Aí que voce sente saudade dos dias em que sua mãe chegava e dizia pra pegar um caderno e um lápis, pois ela iria começar a ditar as palavras. Saudade do tempo em que voce tinha que estudar em casa de noite, pois de manhã e de tarde já estava ocupado com a escola e os cursos extracurriculares. Saudades do tempo em que voce não podia ir ao clube no domingo, pois tinha prova de história na segunda.
São momentos como esses que faz falta quando voce esta longe de casa. Longe da família. Longe dos verdadeiros amigos. Longe de tudo o que voce conheceu por toda a sua vida.
São momentos como esses que te da vontade de voltar pra tudo isso.
Relativamente falando da sua vida. Falando de voce.
Agora, falando da minha vida.
Ainda tem muito chão pra rodar.
Vejo vocês por aí.
Um dia quem sabe.
Saudades de todos vocês.
É com eles que queremos rir nos tempos bons e são eles que nos consolam nos dias ruins.
Quando voce acorda de manhã e pensa que tudo vai ser igual a todos os outros dias. Calmo, corriqueiro, ensolarado e cansativo.
Voce se depara com um problema aqui, outro ali e de repente voce tem uma bola de neve prestes a esmagar voce por inteiro quando começar a rolar.
Voce procura um amigo pra lhe aconselhar. Conversa com um professor que sempre te dá boas dicas de como levar o dia-a-dia. Navega na internet pra ver se encontra alguma resposta mais amena pra essa situação. E continua na mesma.
Aí é que voce percebe que está procurando a resposta no lugar errado.
É na família que estão as respostas pra quase todos os males. É entre família que devemos andar nos caminhos tortuosos. É com a família que devemos discutir os assuntos mais delicados e é a família que provavelmente vai solucionar todos esses problemas.
As famílias agem diferente quando o assunto se trata de segurança. Algumas tentam encontrar na natureza, tais respostas, quando o assunto se trata de saúde. Outras fixam a ciência como algo que pode revelar mistérios quase que indecifráveis. Mas independente do tipo de família ou da certeza se realmente se encontra em família, e junto deles que devemos procurar a solução para os nossos males.
E mesmo que acredite estar na hora de voce seguir seu próprio caminho, as vozes deles ainda ecoam nas suas mentes. E algumas vezes não podemos fazer nada mais que simplesmente prestar atenção.
Quando se esta longe de casa, voce passa a enxergar as coisas de modo diferente.
A comida tem um gosto impressionante, mas te faz lembrar o quanto voce esperneava por causa daquele prato que não suportava, mas tinha que comer. Que falta voce sente, não?
O suco com leite que voce achava insuportavelmente ruim, comparando-se a bebida gelada, sem gosto algum e altamente alcoólica que voce esta prestes a experimentar pela primeira vez, te dá uma perspectiva do quanto aquele suco, servido no lanche da tarde faz falta.
O bolo com cravinho ou o mingau com louro e canela que voce deixava passar, parece um manjar dos deuses quando se tenta apreciar algo incrivelmente bonito, mas totalmente sem gosto, alem do doce sabor do chantilly e do morango em cima. Que falta faz aquele mingau de milho quentinho do domingo em família.
Quando voce esta viajando e se depara com uma estatua esculpida em pedra vulcânica, uma vista do oceano com aquela praia linda de areia branca e a água tão límpida quanto um copo de cristal e com aqueles navios que parecem tão pequenos estando em alto mar, aqueles hotéis enormes e luxuosos que voce só via nos filmes da TV, aqueles carros luxuosos que voce ficava horas admirando nas fotos das revistas.
Tudo isso te deixa tão nostálgico a ponto de sentir saudades dos bonequinhos de maça de modelar que voce levava pra praia quando era criança, passava o final de semana com a família inteira em uma casinha que mal cabia somente a sua família e ainda tinha que sobrar espaço pra o carro usado que ainda estava lotado com os colchonetes e as redes de dormir.
Quando voce encontra pessoas novas em lugares impressionantes, falando diferentes línguas em diferentes dialetos, voce fica admirado com a complexidade do mundo que te circula, raças, cores, credos e tudo aparenta ser muito simples e ao mesmo tempo complicado. Voce tenta conversar da forma mais inteligente e polida possível e ainda sente que não está perfeito, olha ao redor e pensa estar sendo alvo de olhares incômodos e tratantes. Aí voce se lembra de quanto era infantil quando criança e se encontrava em situações que pessoas falavam errado o próprio idioma, trocavam letras no meio das palavras, colocavam palavras sem nexo no meio das frases pensando estarem falando de maneira culta. Aí voce passa a perceber como as pessoas ficavam observando e tentando disfarçar o sentimento de estar sendo avaliado a todo instante. Aí voce passa a ter vergonha de rir dos erros, por mais simples que sejam, pois nesse exato momento, voce é o motivo dos risos. Mesmo que alguém se desculpe e diga que o seu “sotaque” é engraçado, ainda assim os risos são por sua causa.
Aí que voce sente saudade dos dias em que sua mãe chegava e dizia pra pegar um caderno e um lápis, pois ela iria começar a ditar as palavras. Saudade do tempo em que voce tinha que estudar em casa de noite, pois de manhã e de tarde já estava ocupado com a escola e os cursos extracurriculares. Saudades do tempo em que voce não podia ir ao clube no domingo, pois tinha prova de história na segunda.
São momentos como esses que faz falta quando voce esta longe de casa. Longe da família. Longe dos verdadeiros amigos. Longe de tudo o que voce conheceu por toda a sua vida.
São momentos como esses que te da vontade de voltar pra tudo isso.
Relativamente falando da sua vida. Falando de voce.
Agora, falando da minha vida.
Ainda tem muito chão pra rodar.
Vejo vocês por aí.
Um dia quem sabe.
Saudades de todos vocês.
domingo, 8 de março de 2009
℘ - Look at yourself - ℘
Em todos os dias da sua vida, voce passa por alguns momentos de incerteza, de incompreensão, de dúvidas e às vezes ate de autoflagelação. Em todos os dias da sua vida, voce passa por momentos ruins e por momentos bons. Em todos os momentos da sua vida, voce passa por momentos de reflexão, de surpresa, de autoconhecimento e ate de superação.
Voce acorda de manha, pensa em como vai ser e o que tem pra ser feito durante o seu dia, vai ao banheiro, se olha no espelho, geralmente procura alguma coisa errada com o seu cabelo, o que por sinal estaria normal, como nos outros dias anteriores. Às vezes procura alguma espinha mal intencionada ou um cravo que não deveria estar onde a natureza provavelmente o colocou nessa dita manhã. Às vezes dá uma leve olhada nos detalhes que um ou dois fios de pelo podem fazer de errado no canto da sobrancelha e por alguns instantes pensa seriamente em corrigi-lo. Coisa que não o faz por motivos independentes de cada pessoa, mesmo que algumas insistam em fazer, ali, sem pensar duas vezes. Às vezes procura por alguma mancha na pele do rosto, do pescoço, dos labios, da lingua e por incrivel que pareça, ate na gengiva voce às vezes tenta se certificar que esteja tudo nos conformes. Às vezes você voce tenta encontrar alguma imperfeição nos olhos, alguma mancha no globo, algo estranho na Iris ou ate mesmo um pelo perdido ali por perto.
Isso é normal em todos os momentos, de todos os dias, de todas as pessoas e em todos os lugares.
Mas e se em um simples dia calmo e ensolarado. Voce simplesmente acorda de manha, pensa em como vai ser e o que tem pra ser feito durante o seu dia, vai ao banheiro e ao olhar-se no espelho voce deixa de pensar em tudo o que deveria acontecer e fixa o olhar em algo que nem sabe o que realmente possa ser.
Voce olha para o espelho, procura, procura e continua a procurar algo, mas voce não ve nada. Definitivamente voce não consegue ver ninguem. Voce tenta se encontrar e só o que ve e um vazio.
Nesse momento e que a pergunta aparece e passa a te incomodar.
“O que eu estou fazendo aqui?”
Nesse momento voce toma o seu banho, coloca aquela calça bacana, aquela camiseta nova, aquele moletom que voce adora, tira a jaqueta do armario, o bom e velho Chilli Beans, monta na sua moto e definitivamente some sem direção e sem paradeiro.
Porque voce supostamente deveria se esconder em casa em um dia lindo de sol como este?
O fato de não ter nenhum compromisso, não quer dizer que voce não possa agendar algo inesperado e ao mesmo tempo de suma importância naquele exato momento.
Voce não precisa ser exatamente assim pra ser feliz. Basta que voce seja inteligente ao ponto de fazer algo da sua vida que te torne alguém feliz. Independente do que voce queira fazer. Simplesmente espere pelo inesperado.
Seja inesperado. Seja inclusivo consigo mesmo. Faça o que lhe der na telha.
O dia e seu. Aproveite o seu dia como se fosse o ultimo. Aproveite como se não fosse ter outra chance de fazer. Faça tudo que quiser. Faça certo ou faça errado. Mas simplesmente faça.
Ou voce pode simplesmente acender a luz, lavar o seu rosto, tomar o seu cafe da manha e sair pra trabalhar como se fosse um dia qualquer. Mais um tedioso dia na sua vida.
Carpe dien
Sonhar todos os dias pode ser muito bom. O problema e quando voce acorda e percebe que a realidade e totalmente inversa.
Voce acorda de manha, pensa em como vai ser e o que tem pra ser feito durante o seu dia, vai ao banheiro, se olha no espelho, geralmente procura alguma coisa errada com o seu cabelo, o que por sinal estaria normal, como nos outros dias anteriores. Às vezes procura alguma espinha mal intencionada ou um cravo que não deveria estar onde a natureza provavelmente o colocou nessa dita manhã. Às vezes dá uma leve olhada nos detalhes que um ou dois fios de pelo podem fazer de errado no canto da sobrancelha e por alguns instantes pensa seriamente em corrigi-lo. Coisa que não o faz por motivos independentes de cada pessoa, mesmo que algumas insistam em fazer, ali, sem pensar duas vezes. Às vezes procura por alguma mancha na pele do rosto, do pescoço, dos labios, da lingua e por incrivel que pareça, ate na gengiva voce às vezes tenta se certificar que esteja tudo nos conformes. Às vezes você voce tenta encontrar alguma imperfeição nos olhos, alguma mancha no globo, algo estranho na Iris ou ate mesmo um pelo perdido ali por perto.
Isso é normal em todos os momentos, de todos os dias, de todas as pessoas e em todos os lugares.
Mas e se em um simples dia calmo e ensolarado. Voce simplesmente acorda de manha, pensa em como vai ser e o que tem pra ser feito durante o seu dia, vai ao banheiro e ao olhar-se no espelho voce deixa de pensar em tudo o que deveria acontecer e fixa o olhar em algo que nem sabe o que realmente possa ser.
Voce olha para o espelho, procura, procura e continua a procurar algo, mas voce não ve nada. Definitivamente voce não consegue ver ninguem. Voce tenta se encontrar e só o que ve e um vazio.
Nesse momento e que a pergunta aparece e passa a te incomodar.
“O que eu estou fazendo aqui?”
Nesse momento voce toma o seu banho, coloca aquela calça bacana, aquela camiseta nova, aquele moletom que voce adora, tira a jaqueta do armario, o bom e velho Chilli Beans, monta na sua moto e definitivamente some sem direção e sem paradeiro.
Porque voce supostamente deveria se esconder em casa em um dia lindo de sol como este?
O fato de não ter nenhum compromisso, não quer dizer que voce não possa agendar algo inesperado e ao mesmo tempo de suma importância naquele exato momento.
Voce não precisa ser exatamente assim pra ser feliz. Basta que voce seja inteligente ao ponto de fazer algo da sua vida que te torne alguém feliz. Independente do que voce queira fazer. Simplesmente espere pelo inesperado.
Seja inesperado. Seja inclusivo consigo mesmo. Faça o que lhe der na telha.
O dia e seu. Aproveite o seu dia como se fosse o ultimo. Aproveite como se não fosse ter outra chance de fazer. Faça tudo que quiser. Faça certo ou faça errado. Mas simplesmente faça.
Ou voce pode simplesmente acender a luz, lavar o seu rosto, tomar o seu cafe da manha e sair pra trabalhar como se fosse um dia qualquer. Mais um tedioso dia na sua vida.
Carpe dien
Sonhar todos os dias pode ser muito bom. O problema e quando voce acorda e percebe que a realidade e totalmente inversa.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Semana de Piadas e Música
Piada do dia
Durante o jantar, Joãozinho conversa com a mãe:
- Mãe, por que é que o papai é careca?
- Ora filhinho... Porque ele tem muitas coizas pra pensar e é muito inteligente.
- Então, por que é que voce tem tanto cabelo?
- Cala a boca e toma logo essa sopa menino!!
Música do dia
Where this love goes - Sherri Youngward
Mensagem do dia
Nada está tão ruim que não possa piorar.
Murphy's Fourth Law
Durante o jantar, Joãozinho conversa com a mãe:
- Mãe, por que é que o papai é careca?
- Ora filhinho... Porque ele tem muitas coizas pra pensar e é muito inteligente.
- Então, por que é que voce tem tanto cabelo?
- Cala a boca e toma logo essa sopa menino!!
Música do dia
Where this love goes - Sherri Youngward
Mensagem do dia
Nada está tão ruim que não possa piorar.
Murphy's Fourth Law
I want to believe
Eu costumava acreditar em casamentos, em família, em muitas coisas boas. Eu costumava acreditar em céu, em inferno e até em seres poderosos que muitos conhecem por diferentes nomes. Tal como Deus, Alah, Jeovah e outros mais.
Mas eu não sei mais em que ou em quem acreditar. Eu sei que é fácil acreditar em alguém ou em algo. É simples acreditar em quanto boas são as pessoas e no quão importante e sagrado são os bons momentos. É gostoso acreditar que possamos fazer parte de algo grandioso. De algo que pode revolucionar o mundo moderno ou até mesmo fazer a história mudar de rumo.
Quando acreditamos com força e veemência em algo que possamos fazer, pessoas podem mudar, guerras podem cessar, mundos podem ser movidos de lugar e até o tempo pode voltar.
Quando acreditamos que verdades podem ser ditas e também escritas. Passamos a acreditar no quanto nós mesmos podemos fazer a diferença. No quanto nós mesmos precisamos ser diferentes a ponto de fazer os outros ao redor pensarem como nós.
Então algo de ruim acontece. Algo que nós nunca pudemos presenciar. Algo que poderia mudar todas as nossas convicções a ponto de causar medo. Terror. Aflição.
E então nesse exato momento, nós olhamos para traz e por um breve instante, conseguimos observar a verdade. Independente, crua e amarga. Como ela realmente é.
No início, Deus criou o céu e o inferno. De acordo como a história foi contada.
A partir do céu Ele criou os pássaros e tudo mais que ali que vive.
A partir da terra Ele criou os animais e os demais seres vivos.
Depois Ele criou os mares, os peixes e as inúmeras e incontáveis formas de vida que habitam os oceanos.
E então Ele, no auge de sua glória, olha com louvor toda sua criação e pensa estar tudo em uma ordem complexa e ao mesmo tempo simplesmente perfeita.
Mas mesmo assim ainda lhe faltava algo. Com o passar do tempo Ele achou que havia esquecido algum detalhe. Foi aí que o seu maior erro foi cometido.
Ele criou o homem.
Essa mesma história conta que Deus criou o homem exatamente à sua imagem e semelhança.
Detalhe que aponta ao fato de que se é tão parecido assim. Digamos que o amigo lá de cima não seja uma das mais excelentes pessoas. Quero dizer, que semelhança tão maravilhada é essa que causa transtornos, pânico, medo, tristezas, guerras, morte.
É essa a semelhança que um ser adorado por milhares de milhões de pessoas em todo o mundo. Independente do nome por quem se conhece. Deus é sempre Deus em qualquer crença ou religião.
É essa a semelhança que criou algo de tão belo como a luz do sol irradiando vida e poder no amanhecer de todos os dias.
É essa a semelhança que fez com que as estrelas brilhassem. Com que a água corresse pelos rios e mares do mundo. Com que os olhos pudessem ver as cores que só eles podem criar. É essa a semelhança que existe entre a criação e o criador?
A história diz que Deus fez tudo o que nós temos de natural no mundo e na vida. O sol, a lua, as estrelas e o que o seu exato semelhante faz se não estragar tudo?
Mesmo estando consciente de que é um problema e de que só destrói o que o está feito. A criação ainda consegue se meter em mais problemas e só assim ele corre até o criador. Somente depois de perder as esperanças a cria passa a acreditar no criador. Somente quando perde a vida, ele passa a acreditar nela. Somente quando perde o amor, ele passa a acreditar que tem um coração.
Até então só existia a criação e suas próprias crias.
Depois, passou a existir algo maior, como o amor, o destino, a religião ou qualquer coisa que faça a criação realmente acreditar em seu criador.
Mas aí já é tarde. Não tem mais volta. A única coisa que a espera é uma chance de fazer diferente em outro lugar, em outra vida e com outra mente.
Aí entra o início da história, novamente.
O milagre da vida. O poder do criador. A luz que ilumina a mente de todos os que chegam a esse plano e se entregam ao mundo como deveria ser.
Existe a vida e existe a morte. Mas explicar o porquê que pessoas vivem e morrem, machucam ou são machucadas, choram ou fazem chorar, sorriem ou fazem sorrir, ainda é um completo mistério. Mesmo porque sempre que algo errado é feito, existe uma palavra pra se dizer.
Uma palavra que pode salvar uma vida ao mesmo tempo em que pode fazê-la desaparecer.
Uma palavra que pode mudar o rumo da história com o mesmo poder de um pensamento fixo e forte em algo positivo.
Uma palavra que pode dar poder a uma pessoa como deu a um povo.
Uma palavra que pode fazer o sangue de um culpado correr tão rápido quanto o pensamento de um inocente.
Perdão.
Sempre queremos saber o motivo ou a origem de tal poder em uma palavra.
Por que o pensamento de nós, aqui, sozinhos, sem algo em que acreditar, é demais pra suportarmos.
E ao fim do dia, o fato de mostrarmos uns aos outros, mesmo com as inúmeras diferenças, não importando em que ou em quem acreditamos, já é suficientemente bom pra continuarmos acreditando.
O milagre surge novamente. Pois o poder sempre foi capaz de mudar o pensamento das pessoas.
E quem um dia já acreditou. Passa a acreditar novamente.
Seja feliz. Você já tem o que é de mais valioso na vida.
A própria vida.
Raphael Marques
Alguém tentando ser alguém
Mas eu não sei mais em que ou em quem acreditar. Eu sei que é fácil acreditar em alguém ou em algo. É simples acreditar em quanto boas são as pessoas e no quão importante e sagrado são os bons momentos. É gostoso acreditar que possamos fazer parte de algo grandioso. De algo que pode revolucionar o mundo moderno ou até mesmo fazer a história mudar de rumo.
Quando acreditamos com força e veemência em algo que possamos fazer, pessoas podem mudar, guerras podem cessar, mundos podem ser movidos de lugar e até o tempo pode voltar.
Quando acreditamos que verdades podem ser ditas e também escritas. Passamos a acreditar no quanto nós mesmos podemos fazer a diferença. No quanto nós mesmos precisamos ser diferentes a ponto de fazer os outros ao redor pensarem como nós.
Então algo de ruim acontece. Algo que nós nunca pudemos presenciar. Algo que poderia mudar todas as nossas convicções a ponto de causar medo. Terror. Aflição.
E então nesse exato momento, nós olhamos para traz e por um breve instante, conseguimos observar a verdade. Independente, crua e amarga. Como ela realmente é.
No início, Deus criou o céu e o inferno. De acordo como a história foi contada.
A partir do céu Ele criou os pássaros e tudo mais que ali que vive.
A partir da terra Ele criou os animais e os demais seres vivos.
Depois Ele criou os mares, os peixes e as inúmeras e incontáveis formas de vida que habitam os oceanos.
E então Ele, no auge de sua glória, olha com louvor toda sua criação e pensa estar tudo em uma ordem complexa e ao mesmo tempo simplesmente perfeita.
Mas mesmo assim ainda lhe faltava algo. Com o passar do tempo Ele achou que havia esquecido algum detalhe. Foi aí que o seu maior erro foi cometido.
Ele criou o homem.
Essa mesma história conta que Deus criou o homem exatamente à sua imagem e semelhança.
Detalhe que aponta ao fato de que se é tão parecido assim. Digamos que o amigo lá de cima não seja uma das mais excelentes pessoas. Quero dizer, que semelhança tão maravilhada é essa que causa transtornos, pânico, medo, tristezas, guerras, morte.
É essa a semelhança que um ser adorado por milhares de milhões de pessoas em todo o mundo. Independente do nome por quem se conhece. Deus é sempre Deus em qualquer crença ou religião.
É essa a semelhança que criou algo de tão belo como a luz do sol irradiando vida e poder no amanhecer de todos os dias.
É essa a semelhança que fez com que as estrelas brilhassem. Com que a água corresse pelos rios e mares do mundo. Com que os olhos pudessem ver as cores que só eles podem criar. É essa a semelhança que existe entre a criação e o criador?
A história diz que Deus fez tudo o que nós temos de natural no mundo e na vida. O sol, a lua, as estrelas e o que o seu exato semelhante faz se não estragar tudo?
Mesmo estando consciente de que é um problema e de que só destrói o que o está feito. A criação ainda consegue se meter em mais problemas e só assim ele corre até o criador. Somente depois de perder as esperanças a cria passa a acreditar no criador. Somente quando perde a vida, ele passa a acreditar nela. Somente quando perde o amor, ele passa a acreditar que tem um coração.
Até então só existia a criação e suas próprias crias.
Depois, passou a existir algo maior, como o amor, o destino, a religião ou qualquer coisa que faça a criação realmente acreditar em seu criador.
Mas aí já é tarde. Não tem mais volta. A única coisa que a espera é uma chance de fazer diferente em outro lugar, em outra vida e com outra mente.
Aí entra o início da história, novamente.
O milagre da vida. O poder do criador. A luz que ilumina a mente de todos os que chegam a esse plano e se entregam ao mundo como deveria ser.
Existe a vida e existe a morte. Mas explicar o porquê que pessoas vivem e morrem, machucam ou são machucadas, choram ou fazem chorar, sorriem ou fazem sorrir, ainda é um completo mistério. Mesmo porque sempre que algo errado é feito, existe uma palavra pra se dizer.
Uma palavra que pode salvar uma vida ao mesmo tempo em que pode fazê-la desaparecer.
Uma palavra que pode mudar o rumo da história com o mesmo poder de um pensamento fixo e forte em algo positivo.
Uma palavra que pode dar poder a uma pessoa como deu a um povo.
Uma palavra que pode fazer o sangue de um culpado correr tão rápido quanto o pensamento de um inocente.
Perdão.
Sempre queremos saber o motivo ou a origem de tal poder em uma palavra.
Por que o pensamento de nós, aqui, sozinhos, sem algo em que acreditar, é demais pra suportarmos.
E ao fim do dia, o fato de mostrarmos uns aos outros, mesmo com as inúmeras diferenças, não importando em que ou em quem acreditamos, já é suficientemente bom pra continuarmos acreditando.
O milagre surge novamente. Pois o poder sempre foi capaz de mudar o pensamento das pessoas.
E quem um dia já acreditou. Passa a acreditar novamente.
Seja feliz. Você já tem o que é de mais valioso na vida.
A própria vida.
Raphael Marques
Alguém tentando ser alguém
quarta-feira, 4 de março de 2009
Semana de Piadas e Músicas
Piada do dia
Um advogado e um engenheiro estão pescando no mar do Caribe. De repente o advogado diz:
- Estou aqui porque minha casa pegou fogo. A companhia de seguros pagou tudo. Com o que sobrou vim pra cá.
O engenheiro exclama:
- Que coincidencia! Estou aqui porque uma enchente levou minha casa e tudo que estava dentro. O seguro cobriu tudo.
O advogado depois de instantes pergunta:
- E como voce começou a enchente?
Musica do DIa
Into you - Jennifer Knapp
Mensagem do dia
Nunca deixe pra amanhã o que voce pode destruir hoje.
Francisco da Silva
Gerente de Fazenda no Amazonas
Um advogado e um engenheiro estão pescando no mar do Caribe. De repente o advogado diz:
- Estou aqui porque minha casa pegou fogo. A companhia de seguros pagou tudo. Com o que sobrou vim pra cá.
O engenheiro exclama:
- Que coincidencia! Estou aqui porque uma enchente levou minha casa e tudo que estava dentro. O seguro cobriu tudo.
O advogado depois de instantes pergunta:
- E como voce começou a enchente?
Musica do DIa
Into you - Jennifer Knapp
Mensagem do dia
Nunca deixe pra amanhã o que voce pode destruir hoje.
Francisco da Silva
Gerente de Fazenda no Amazonas
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Presa inimica perfectiones est
Ele continua sonhando,
Que um dia será uma estrela.
Mas ele descobriria da pior maneira,
Que sonhos nem sempre se realizam.
Então ele vendeu todas as suas esperanças,
E até mesmo sua alma.
E comprou uma passagem só de ida,
Pra uma vida que ele uma vez conheceu.
Ele diz que está voltando pra encontrar,
O mais simples dos lugares e momentos,
E poder viver tudo de novo.
Ele preferiria viver no mundo dela,
A ter que viver no mundo dele, sem ela.
E ele ainda,
Continua sonhando...
Andando pela rua
Que um dia será uma estrela.
Mas ele descobriria da pior maneira,
Que sonhos nem sempre se realizam.
Então ele vendeu todas as suas esperanças,
E até mesmo sua alma.
E comprou uma passagem só de ida,
Pra uma vida que ele uma vez conheceu.
Ele diz que está voltando pra encontrar,
O mais simples dos lugares e momentos,
E poder viver tudo de novo.
Ele preferiria viver no mundo dela,
A ter que viver no mundo dele, sem ela.
E ele ainda,
Continua sonhando...
Andando pela rua
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Right thing
Na vida, apenas uma coisa é certa.
Além da morte e dos impostos.
Não importa o quanto você tente,
Não importa o quão boas são suas intenções,
Você vai cometer erros.
Você vai machucar pessoas.
E eventualmente vai se machucar.
E se algum dia você quiser se recuperar,
Há apenas uma coiza a ser dita.
"Eu te perdôo."
Porque perdoar e esquecer.
É o que dizem por aí.
É um bom conselho,
Mas não um muito prático.
Quando alguém nos machuca,
Queremos machucá-lo de volta.
Quando alguém erra conosco,
Queremos estar certos.
Porque sem perdão,
Antigos placares nunca empatam,
Velhas feridas nunca fecham.
E o máximo que podemos esperar
É que um dia tenhamos a sorte de esquecer.
...Meredith Grey - Grey´s Anatomy...
Enjoy, forgive and forget...
Your life...
Buy and bye...
Além da morte e dos impostos.
Não importa o quanto você tente,
Não importa o quão boas são suas intenções,
Você vai cometer erros.
Você vai machucar pessoas.
E eventualmente vai se machucar.
E se algum dia você quiser se recuperar,
Há apenas uma coiza a ser dita.
"Eu te perdôo."
Porque perdoar e esquecer.
É o que dizem por aí.
É um bom conselho,
Mas não um muito prático.
Quando alguém nos machuca,
Queremos machucá-lo de volta.
Quando alguém erra conosco,
Queremos estar certos.
Porque sem perdão,
Antigos placares nunca empatam,
Velhas feridas nunca fecham.
E o máximo que podemos esperar
É que um dia tenhamos a sorte de esquecer.
...Meredith Grey - Grey´s Anatomy...
Enjoy, forgive and forget...
Your life...
Buy and bye...
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Who...
Na verdade, quem somos?
Nosso medo mais profundo,
Nao e o de nao sermos bons o suficiente,
O nosso medo mais profundo
E o de sermos poderosos alem das medidas.
Por isso nos perguntamos,
Quem somos pra nos considerarmos brilhantes,
Maravilhosos, talentosos e ate mesmo fabulosos?
Na verdade, quem nao somos?
Nao somos aqueles que a nossa mae diz sermos.
Nao somos aqueles que nossos amigos pensam sermos.
Nao somos aqueles que perambulam em nossos sonhos.
Nao somos aqueles que sempre sonhamos ser.
Nao somos o que pensamos.
Nao somos o que somos.
Nos somos aqueles que tem tudo e ao mesmo tempo nada.
Nos somos aquilo que vestimos.
Nos somos aquilo que comemos.
Nos somos aquilo que temos no bolso.
Nos somos o que a midia quer que sejamos.
Ou nao.
Pois aqui, a midia nao fez mais um de refem.
Eu sou o que tenho em mente nesse exato momento.
Eu sou aquilo que sempre quis ser.
Eu sou a inveja dos que me perseguem.
Eu sou a luxuria dos que me desejam.
Eu sou a demencia dos que me apedrejam.
Eu sou a coragem dos que me enfrentam.
Eu sou eu mesmo em todos os lugares.
Eu sou eu mesmo em todas as palavras.
Raphael Marques
Nosso medo mais profundo,
Nao e o de nao sermos bons o suficiente,
O nosso medo mais profundo
E o de sermos poderosos alem das medidas.
Por isso nos perguntamos,
Quem somos pra nos considerarmos brilhantes,
Maravilhosos, talentosos e ate mesmo fabulosos?
Na verdade, quem nao somos?
Nao somos aqueles que a nossa mae diz sermos.
Nao somos aqueles que nossos amigos pensam sermos.
Nao somos aqueles que perambulam em nossos sonhos.
Nao somos aqueles que sempre sonhamos ser.
Nao somos o que pensamos.
Nao somos o que somos.
Nos somos aqueles que tem tudo e ao mesmo tempo nada.
Nos somos aquilo que vestimos.
Nos somos aquilo que comemos.
Nos somos aquilo que temos no bolso.
Nos somos o que a midia quer que sejamos.
Ou nao.
Pois aqui, a midia nao fez mais um de refem.
Eu sou o que tenho em mente nesse exato momento.
Eu sou aquilo que sempre quis ser.
Eu sou a inveja dos que me perseguem.
Eu sou a luxuria dos que me desejam.
Eu sou a demencia dos que me apedrejam.
Eu sou a coragem dos que me enfrentam.
Eu sou eu mesmo em todos os lugares.
Eu sou eu mesmo em todas as palavras.
Raphael Marques
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
O que é um beijo?
Beijos são coisas tão simples,
Que nós dificilmente os notamos.
Mas se prestarmos mais atenção,
Veremos que cada beijo transmite seu próprio significado.
Por exemplo, alguns podem dizer, “Estou tão feliz em te ver.”
Ou, “Eu não notei que você estava aqui.”
Ou, “Querida, é hora de parar de beber.”
O truque é saber perceber a diferença.
Mesmo que em alguns momentos,
Os beijos signifiquem coisas diferentes pra pessoas diferentes.
No final depende de quem dá o beijo,
E de quem vê o beijo acontecer.
Apesar de que o ato em si nunca varia.
Mas cada beijo carrega consigo um significado próprio.
Pode carregar a eterna devoção de um marido,
Ou o enorme remorso de um namorado arrependido.
Pode simbolizar a crescente preocupação de uma mãe,
Ou a crescente paixão dos amantes.
Mas o que quer que signifique,
Cada beijo reflete uma necessidade humana básica.
A necessidade de se conectar com outro ser humano.
E esse desejo é tão forte,
Que é sempre surpreendente quando algumas pessoas
Simplesmente não o compreende.
Pra você. Por você. (Desperate Housewives)
Que nós dificilmente os notamos.
Mas se prestarmos mais atenção,
Veremos que cada beijo transmite seu próprio significado.
Por exemplo, alguns podem dizer, “Estou tão feliz em te ver.”
Ou, “Eu não notei que você estava aqui.”
Ou, “Querida, é hora de parar de beber.”
O truque é saber perceber a diferença.
Mesmo que em alguns momentos,
Os beijos signifiquem coisas diferentes pra pessoas diferentes.
No final depende de quem dá o beijo,
E de quem vê o beijo acontecer.
Apesar de que o ato em si nunca varia.
Mas cada beijo carrega consigo um significado próprio.
Pode carregar a eterna devoção de um marido,
Ou o enorme remorso de um namorado arrependido.
Pode simbolizar a crescente preocupação de uma mãe,
Ou a crescente paixão dos amantes.
Mas o que quer que signifique,
Cada beijo reflete uma necessidade humana básica.
A necessidade de se conectar com outro ser humano.
E esse desejo é tão forte,
Que é sempre surpreendente quando algumas pessoas
Simplesmente não o compreende.
Pra você. Por você. (Desperate Housewives)
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Way...
No passado, muitas pessoas tentaram explicar como ele realmente funciona. Outras tantas tentaram simplesmente mostrar ao mundo o quanto isso pode ser prejudicial.
Eu não consigo imaginar um mundo sem isso. Seria como um mundo incompleto. Hoje nós somos quase que totalmente dependente disso, ao mesmo tempo em que somos tão fúteis a ponto de querer sempre mais e mais, mesmo tendo sempre o que queremos.
Quem realmente inventou isso? Eu literalmente não sei. Só sei que foi uma invenção tão perfeita que com o passar dos anos, cada um foi aperfeiçoando de maneira que nos dias de hoje, você pode encontrar por todos os lugares, dos mais variados valores e das mais diferentes e complicadas formas de se fazer.
Eu mesmo às vezes nem entendo perfeitamente como se faz isso.
Primeiro você abre aquela parte que normalmente nem se faz percebido. Pra dizer a verdade, há especialistas que cobram fortunas para que essa parte fique bem protegida e de maneira que não interfira na anatomia ou aerodinâmica. Quero dizer, tem gente preocupada em deixar sempre bonita e em perfeitas condições tal local.
Em seguida você põe o seu fluído ou o seu líquido precioso dentro, para que o processo possa começar a funcionar. Pra ser sincero, esse líquido também é uma invenção um tanto interessante de se explicar. Um simples composto químico que se transforma em uma explosão de possibilidades. Podendo ser a origem de inúmeros derivados. Gerando outros infindáveis componentes na natureza. Realmente incrível.
Depois que o líquido precioso está por completo dentro do receptáculo, a primeira reação é o susto. Você pode se alegrar com o poder desse feito ao mesmo tempo em que pode se perder a cabeça ou todo o sentido da vida, por fazer um mau uso do mesmo.
Em seguida você se sente feliz por ter dado início a uma nova imensidão de oportunidades. Podendo até fazer planos para o futuro. Planejar cada passo, a fim de preparar o caminho de maneira que não haja erros no final. Mesmo sabendo que sempre haverá problemas no trajeto, você sabe que isso é normal e que está preparado para tais adversidades. É importante nesses casos, ter sempre um companheiro para dar conselhos e também receber nos momentos necessários. Facilitando assim o dia-a-dia.
O líquido percorre diferentes caminhos. Grandes espaços em forma de tubos, outros nem tanto. O importante é que o caminho esteja sendo percorrido sem interrupções até chegar ao local em que vai ser útil de verdade. Gerando assim uma reação em cadeia capaz de feitos inimagináveis.
Por alguns instantes, você duvida que aquilo esteja mesmo acontecendo e tenta raciocinar a respeito. Eu posso realmente fazer esse tipo de coisa? Isso é simplesmente incrível.
Com o passar do tempo, você tende a se adaptar ao processo como algo diário e repetitivo. Fazendo com que você aprenda cada vez mais a respeito do assunto. Alguns acham que pode ser perda de tempo um homem aprender tanto sobre isso. Outros acreditam que tanto o homem quanto a mulher devem saber tudo que puderem sobre todo o processo. Fazendo assim com que não haja dúvidas e que todos possam se ajudar quando necessário.
Em certos momentos, talvez por falta de informação ou simplesmente por falta de entendimento a fundo do “processo”, ocorrem certos “engasgos”, gerando alguns “solavancos”. Isso poder ocorrer por causa dos gases produzidos ou simplesmente por ser natural que ocorra na maioria dos casos. Há ainda casos de um mau funcionamento pelo tempo de uso. Mal esse que pode facilmente (ou não) ser controlado por especialistas no assunto.
No o decorrer do tempo, alguns “reparos” podem ser necessários, pois nem sempre todo o “processo” ocorre naturalmente. Em alguns casos você necessita da ajuda de profissionais pra ajudar a fazer com que os dias passem mais calmos. Essas pessoas auxiliam dando explicações a respeito das reações adversas e tirando dúvidas que aparecem sempre nos piores momentos.
Há casos em que tal “processo” ocasiona a produção de certos gases que deixam um odor quase que insuportável em todo o ambiente em que se passa.
Ao final de alguns meses, você já se sente cansado de certos assuntos. Não agüenta que outros toquem onde não devem. Perde a paciência facilmente e se deixa levar pelos momentos difíceis. Fazendo com que as pessoas que circulam por perto percam a calma junto.
Finalmente ao passar o período necessário para que as finanças se acomodem. Chega a hora de se desfazer desses mal entendidos e desses momentos de cansaço e perturbações. Surgindo assim, outras prioridades e afazeres.
Profissionais do ramo são acionados e então você se prepara para o grande passo.
Um banho calmo e tranqüilo. Um passeio com o companheiro de todas as horas ao local determinado pelos profissionais. Uma boa conversa sobre algum assunto calmo e relaxante pode fazer bem antes do momento esperado.
Ao chegar ao referido local. Algumas pessoas avaliam tudo em relação ao “processo” e definem o que se deve fazer dali por diante enquanto outros profissionais preparam todo o tramite legal e você continua tentando relaxar mantendo sua mente completamente sã.
Tudo pronto. Chegou a hora. Dali pra frente você depende das mãos das pessoas ao seu redor pra que tudo termine bem e sem complicações.
Caso essa história se encaixe na vida de um recém casado. O final se desenrola nove meses depois do início. Em uma cama de hospital, na maternidade e com profissionais formados em medicina e suas mais variadas especializações.
Agora, como essa história tem a ver comigo e o meu dia-a-dia. Ela terminou em uma loja especializada em compra e venda de carros esportivos na cidade de Tachikawa (região metropolitana ao sudoeste de Tokyo). Foram realmente meses de aflição e aventuras.
Um carro novo tem uma história diferente a cada dono que o possui, mas um carro esportivo usado tem uma singularidade em especial com cada dono. É como se com cada dono ele tivesse uma vida diferente.
Isso é o que se tem de melhor aqui. No Japão.
Eu não consigo imaginar um mundo sem isso. Seria como um mundo incompleto. Hoje nós somos quase que totalmente dependente disso, ao mesmo tempo em que somos tão fúteis a ponto de querer sempre mais e mais, mesmo tendo sempre o que queremos.
Quem realmente inventou isso? Eu literalmente não sei. Só sei que foi uma invenção tão perfeita que com o passar dos anos, cada um foi aperfeiçoando de maneira que nos dias de hoje, você pode encontrar por todos os lugares, dos mais variados valores e das mais diferentes e complicadas formas de se fazer.
Eu mesmo às vezes nem entendo perfeitamente como se faz isso.
Primeiro você abre aquela parte que normalmente nem se faz percebido. Pra dizer a verdade, há especialistas que cobram fortunas para que essa parte fique bem protegida e de maneira que não interfira na anatomia ou aerodinâmica. Quero dizer, tem gente preocupada em deixar sempre bonita e em perfeitas condições tal local.
Em seguida você põe o seu fluído ou o seu líquido precioso dentro, para que o processo possa começar a funcionar. Pra ser sincero, esse líquido também é uma invenção um tanto interessante de se explicar. Um simples composto químico que se transforma em uma explosão de possibilidades. Podendo ser a origem de inúmeros derivados. Gerando outros infindáveis componentes na natureza. Realmente incrível.
Depois que o líquido precioso está por completo dentro do receptáculo, a primeira reação é o susto. Você pode se alegrar com o poder desse feito ao mesmo tempo em que pode se perder a cabeça ou todo o sentido da vida, por fazer um mau uso do mesmo.
Em seguida você se sente feliz por ter dado início a uma nova imensidão de oportunidades. Podendo até fazer planos para o futuro. Planejar cada passo, a fim de preparar o caminho de maneira que não haja erros no final. Mesmo sabendo que sempre haverá problemas no trajeto, você sabe que isso é normal e que está preparado para tais adversidades. É importante nesses casos, ter sempre um companheiro para dar conselhos e também receber nos momentos necessários. Facilitando assim o dia-a-dia.
O líquido percorre diferentes caminhos. Grandes espaços em forma de tubos, outros nem tanto. O importante é que o caminho esteja sendo percorrido sem interrupções até chegar ao local em que vai ser útil de verdade. Gerando assim uma reação em cadeia capaz de feitos inimagináveis.
Por alguns instantes, você duvida que aquilo esteja mesmo acontecendo e tenta raciocinar a respeito. Eu posso realmente fazer esse tipo de coisa? Isso é simplesmente incrível.
Com o passar do tempo, você tende a se adaptar ao processo como algo diário e repetitivo. Fazendo com que você aprenda cada vez mais a respeito do assunto. Alguns acham que pode ser perda de tempo um homem aprender tanto sobre isso. Outros acreditam que tanto o homem quanto a mulher devem saber tudo que puderem sobre todo o processo. Fazendo assim com que não haja dúvidas e que todos possam se ajudar quando necessário.
Em certos momentos, talvez por falta de informação ou simplesmente por falta de entendimento a fundo do “processo”, ocorrem certos “engasgos”, gerando alguns “solavancos”. Isso poder ocorrer por causa dos gases produzidos ou simplesmente por ser natural que ocorra na maioria dos casos. Há ainda casos de um mau funcionamento pelo tempo de uso. Mal esse que pode facilmente (ou não) ser controlado por especialistas no assunto.
No o decorrer do tempo, alguns “reparos” podem ser necessários, pois nem sempre todo o “processo” ocorre naturalmente. Em alguns casos você necessita da ajuda de profissionais pra ajudar a fazer com que os dias passem mais calmos. Essas pessoas auxiliam dando explicações a respeito das reações adversas e tirando dúvidas que aparecem sempre nos piores momentos.
Há casos em que tal “processo” ocasiona a produção de certos gases que deixam um odor quase que insuportável em todo o ambiente em que se passa.
Ao final de alguns meses, você já se sente cansado de certos assuntos. Não agüenta que outros toquem onde não devem. Perde a paciência facilmente e se deixa levar pelos momentos difíceis. Fazendo com que as pessoas que circulam por perto percam a calma junto.
Finalmente ao passar o período necessário para que as finanças se acomodem. Chega a hora de se desfazer desses mal entendidos e desses momentos de cansaço e perturbações. Surgindo assim, outras prioridades e afazeres.
Profissionais do ramo são acionados e então você se prepara para o grande passo.
Um banho calmo e tranqüilo. Um passeio com o companheiro de todas as horas ao local determinado pelos profissionais. Uma boa conversa sobre algum assunto calmo e relaxante pode fazer bem antes do momento esperado.
Ao chegar ao referido local. Algumas pessoas avaliam tudo em relação ao “processo” e definem o que se deve fazer dali por diante enquanto outros profissionais preparam todo o tramite legal e você continua tentando relaxar mantendo sua mente completamente sã.
Tudo pronto. Chegou a hora. Dali pra frente você depende das mãos das pessoas ao seu redor pra que tudo termine bem e sem complicações.
Caso essa história se encaixe na vida de um recém casado. O final se desenrola nove meses depois do início. Em uma cama de hospital, na maternidade e com profissionais formados em medicina e suas mais variadas especializações.
Agora, como essa história tem a ver comigo e o meu dia-a-dia. Ela terminou em uma loja especializada em compra e venda de carros esportivos na cidade de Tachikawa (região metropolitana ao sudoeste de Tokyo). Foram realmente meses de aflição e aventuras.
Um carro novo tem uma história diferente a cada dono que o possui, mas um carro esportivo usado tem uma singularidade em especial com cada dono. É como se com cada dono ele tivesse uma vida diferente.
Isso é o que se tem de melhor aqui. No Japão.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Relationship
Às vezes eu penso em como deveria ser um relacionamento. Depois eu penso em como deveria ser um relacionamento para ser perfeito. Depois eu tento por horas a fio, determinar o que se difere entre os dois pensamentos. Depois, tento refletir no modo de solucionar as diferenças quando ruins e ampliá-las quando são boas. Depois tento unificar as soluções e os diferentes modos de se relacionar, para chegar ao relacionamento definitivamente perfeito.
Sabe onde isso vai dar? Eu vou te dizer onde isso vai dar. Vou usar as mais simples palavras possíveis e vou te dar um resumo bem rápido e direto.
Primeiro vocês se encontram algumas vezes e decidem se um gostou do outro;
Depois de alguns encontros acaba rolando o bom e velho sexo;
Caso estejam felizes com o que se passa entre os dois, vocês acabam se tornando namorados (ou não);
Divertem-se por um tempo e depois de uns meses terminam o namoro (ou não);
Caso não terminem (o que acontece bem pouco), vocês acabam decidindo morar juntos;
Depois de algumas brigas e desentendimentos, vocês decidem que estão apaixonados, um pelo outro (parte mais louca da história);
Depois vem a parte das aquisições, facas, garfos, liquidificadores, máquinas de lavar e tudo mais que uma casa pede pra ser um lar;
Mudam-se pra um conjunto habitacional ou um condomínio com uma bela casa ou um apartamento e vem a parte mais importante dessa loucura, os filhos;
Depois vêm as brigas, as traições (de novo), a separação e o divórcio;
Depois dividem tudo e você passa a só ver os filhos nos fins de semana, isso quando ela não encontra uma babá e pede pra você tomar conta delas durante um encontro no meio da semana. O que no começo parece normal, mas passa a ser repetitivo quando ela percebe que deixar as crianças com você é mais conveniente e barato que contratar uma babá;
Depois você sai. Diverte-se. Encontra com os amigos. Conhece pessoas novas. Mulheres novas e também novas mulheres. E começa tudo de novo.
Esse é o relacionamento em um resumo prático e auto-explicativo.
Quer mais? Experimenta sair ao invés de ficar lendo besteiras desse tipo em blogs que não te interessam, mas você os lê pra passar o tempo, pois não tem nada melhor pra fazer.
Quer saber mais. Vai lá a baixo e deixa um comentário engraçado ou um estúpido mesmo. A intenção de se esperar um comentário é essa. Pra saber quantos loucos não conseguem se relacionar e ficam a noite inteira fuçando na internet á procura de algo inútil pra fazer.
Ou não.
Agora lê esse finalzinho e dá um sorriso.
Por quê as mulheres colocam chifres nos homens?
Por que um homem sem chifres não passa de um animal indefeso
Ou não.
Sabe onde isso vai dar? Eu vou te dizer onde isso vai dar. Vou usar as mais simples palavras possíveis e vou te dar um resumo bem rápido e direto.
Primeiro vocês se encontram algumas vezes e decidem se um gostou do outro;
Depois de alguns encontros acaba rolando o bom e velho sexo;
Caso estejam felizes com o que se passa entre os dois, vocês acabam se tornando namorados (ou não);
Divertem-se por um tempo e depois de uns meses terminam o namoro (ou não);
Caso não terminem (o que acontece bem pouco), vocês acabam decidindo morar juntos;
Depois de algumas brigas e desentendimentos, vocês decidem que estão apaixonados, um pelo outro (parte mais louca da história);
Depois vem a parte das aquisições, facas, garfos, liquidificadores, máquinas de lavar e tudo mais que uma casa pede pra ser um lar;
Mudam-se pra um conjunto habitacional ou um condomínio com uma bela casa ou um apartamento e vem a parte mais importante dessa loucura, os filhos;
Depois vêm as brigas, as traições (de novo), a separação e o divórcio;
Depois dividem tudo e você passa a só ver os filhos nos fins de semana, isso quando ela não encontra uma babá e pede pra você tomar conta delas durante um encontro no meio da semana. O que no começo parece normal, mas passa a ser repetitivo quando ela percebe que deixar as crianças com você é mais conveniente e barato que contratar uma babá;
Depois você sai. Diverte-se. Encontra com os amigos. Conhece pessoas novas. Mulheres novas e também novas mulheres. E começa tudo de novo.
Esse é o relacionamento em um resumo prático e auto-explicativo.
Quer mais? Experimenta sair ao invés de ficar lendo besteiras desse tipo em blogs que não te interessam, mas você os lê pra passar o tempo, pois não tem nada melhor pra fazer.
Quer saber mais. Vai lá a baixo e deixa um comentário engraçado ou um estúpido mesmo. A intenção de se esperar um comentário é essa. Pra saber quantos loucos não conseguem se relacionar e ficam a noite inteira fuçando na internet á procura de algo inútil pra fazer.
Ou não.
Agora lê esse finalzinho e dá um sorriso.
Por quê as mulheres colocam chifres nos homens?
Por que um homem sem chifres não passa de um animal indefeso
Ou não.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Freedom
A sensação de liberdade é incrível. O seu corpo quase que totalmente fora do seu controle. A sua mente trabalhando a mil por hora, tentando redirecionar o seu corpo, a fim de lhe proporcionar um momento de maior adrenalina.
São apenas 117 metros, mas parecem mil metros quando de está em queda livre. O fluxo de ar no organismo se torna tão difícil quanto se você tentasse gritar depois de alguns segundos com o corpo submerso numa piscina de água fria. A voz não sai. A respiração fica difícil. A pressão que a queda exerce no seu corpo ao chegar ao fim da corda. A elasticidade fazendo você subir de volta e você tentando se equilibrar. A paisagem se misturando em imagens turbas e indefinidas pelos movimentos que a corda faz ao seu corpo. Você não sabe se grita de felicidade ou de medo. Você não sabe se ri ou se chora. Mas sente que é exatamente aquilo que você sempre quis. Era exatamente o que você sempre sonhou pra si.
Liberdade.
...
Nossa Mãe. Acho que hoje vai ser um dia daqueles. Roupas prontas. Acessórios prontos. Documentos prontos. Teste de resistência, de salubridade, de sangue. Só o que me faltava era eu chegar lá e ter esquecido algo. Telefone, dinheiro, câmera. Acho melhor ir de bota que de tênis. De repente faz mais frio que o normal. Bem, deve ser tudo. Mas e se eu esquecer alguma coisa? Isso que é um pensamento de uma pessoa que só não esquece a cabeça porque realmente seria impossível. Não acredito que venha a esquecer de algo dessa vez. Os últimos 30 minutos foram gastos só com a checagem do que eu vou levar. Vamos ver no que dá. Agora é só esperar o “esperto” chegar.
Nossa Mãe. Acho que esse fim-de-semana vai ser um daqueles.
Perece que essa buzina é a minha deixa. Vamos lá. A aventura parece que vai começar e seja o que Deus quiser.
“- E aí campeão. Pronto pra uma aventura inédita na sua vida? - Acho que sim. Ou pelo menos espero, que sim. - Não se preocupe. Nada vai ser muito diferente do que já foi até hoje. Eu quero dizer que vão ser alguns segundos inesquecíveis, mas nada que você não possa lembrar depois e dizer que esperava algo mais. - Eu espero que sim. Tudo pronto aqui. Vamos? - OK. Vamos em frente que atrás vem gente.”
Primeiro a Rota 16 (uma avenida que corta boa parte do Japão, mas não é uma avenida expressa. Também pode ser conhecida por viajar na baixa, já que ela passa no meio das cidades). Uma aventura no horário do rush. Depois a Tomei (essa é outra avenida que corta boa parte do Japão, só que com a diferença de ser expressa. Também é conhecida por viajar na alta, já que boa parte dela passa por cima das cidades). Outra aventura no meio de tantos caminhoneiros e ônibus de passeio. Viajar depois das oito horas da manhã e antes do meio-dia é desse jeito, parece que nunca vai chegar ao destino. Mas não tem problema, ainda é quinta-feira (moku-youbi no japonês e Thursday do inglês) e o fim-de-semana só está começando. O jeito é aproveitar a viagem e tirar algumas fotos das paisagens. Vão ser umas seis ou sete horas até Hiroshima (estado situado ao sul do Japão. Também conhecido por ser o local onde os americanos jogaram uma de duas bombas nucleares na segunda guerra).
Tomara que o próximo P (nas avenidas expressas, existem umas paradas com lojas de conveniência, banheiros, restaurantes e algumas até com lojas de presentes. O termo vem de uma enorme letra P em uma placa situada algumas dezenas de metros antes da entrada do estacionamento) não esteja longe. Eu estou faminto. Deve ser a fase de crescimento.
Crescer pra frente é sempre uma fase difícil na vida de um homem. Devo estar doente, acabei de fazer uma piada. Como se a vida em si já não fosse uma grande piada.
“Como você sabe que um advogado está mentindo? Quando seus lábios estiverem mexendo.”
...
“- E aí campeão, o que você ta aprontando? - Nada de mais. Estou indo pra casa. Onde você está agora? - Saindo de casa. - OK. Quando estiver em casa te telefono. - Onde você está agora? Entrando na estação. - Espera aí. Eu chego em cinco minutos. - OK. Estou na frente do Mac. See ya (gíria, como se dissesse “até mais” ou “te vejo depois”)”.
Caraça. Mal ele chega e já vai jogando uma bomba dessas. Hoje ainda é quarta-feira (tsu-youbi do japonês ou Wednesday do inglês) e já vem um convite pra sumir no fim-de-semana. Parece uma boa idéia. Além do quê, a idéia de não trabalhar nos próximos quatro dias é do meu chefe. Não acredito que ele venha a me demitir por não aparecer no escritório nos próximos dias, já que eu vou estar com ele mesmo.
Vamos ver no que dá. Sempre é boa uma aventura dessas pra sair da rotina.
Convite aceito, agora é hora de ir pra casa.
- O quê você vai fazer em casa agora? - Nada de mais. - Vamos até loja do Ernest, de repente ele convida agente pra jantar. Ouvi mais cedo que ele ia cozinhar hoje. - OK. Vamos ver qual o “menu” (termo vindo do francês, lê-se mení) de hoje.
Depois de um BBQ (termo que significa não exatamente Bar-BQ ou churrasco em inglês) regado a Corona e Bud é hora de ir pra casa e arrumar as coisas pra o dia seguinte.
Espero que não esqueça nada. Esse pessoal é cheio de frescura. Bom mesmo é no Brasil, que quando você esquece algum documento importante, bastam alguns minutos de conversa e uma “molhadinha na planta” que tudo se ajeita. Aqui, se você esquece algo importante, pode dizer adeus ao seu compromisso. Bom ou ruim, o importante é que esse fim-de-semana vai ser “o bicho”.
Ainda tenho que separar as roupas de frio, os acessórios, os “gadgets” (gíria em inglês pra acessórios eletrônicos que se carrega pra cima e pra baixo) pra não perder um momento sequer. Ainda nem amanheceu e a adrenalina já aumente só de pensar. Melhor ir dormir ou eu vou acabar desmaiado a viagem inteira. Parece que está tudo em ordem. Despertador ligado. De manhã eu checo tudo de novo.
...
O bom de viajar numa quinta-feira de manhã, é que você acaba tendo a quinta-feira à noite e mais a sexta-feira (kin-youbi do japonês e Friday do inglês) inteira pra curtir a bagaceira antes do fim-de-semana realmente chegar.
Depois de passar seis horas e meia na estrada e mais uns quarenta minutos procurando o hotel, agente se hospeda e desembarca a bagagem. Noite de sono. Muito bom isso.
Amanhece, tomo aquele banho quente, coloco aquela roupa bacana e fico mais uns vinte minutos na frente do quarto ao lado, esperando a donzela terminar de se arrumar. Até parece que vai casar.
Um café-da-manhã digno de reis, um sol de matar de inveja qualquer nordestino (o problema é que o sol aparece com um céu incrivelmente limpo, mas o vento é tão frio que o calor nem surte tanto efeito) e estamos pronto pra se apresentar para umas três ou quatro horas de treinamento para que no dia seguinte não aconteça nada fora do planejado.
Alguns minutos de aula teórica e estamos prontos. Prontos pra o almoço, porque eu estou faminto. De novo. Incrível como cabe tanta comida num abdômen tão pequeno. Depois das duas horas da tarde, retornamos para mais algumas informações teóricas e o chefe de operações nos mostra o procedimento real e mais alguns como dicas. Parece que amanhã vai realmente ser um dia daqueles.
Já passam das dezoito horas. Agora é hora de voltar ao hotel e se preparar pra noite que promete.
Depois de alguns minutos esperando e problemas com a noiva resolvidos. É hora de procurar a balada. Na área sul de Nishi-Hiroshima (cidade metropolitana de Hiroshima, cujo nome é o mesmo do estado. Tipo São Paulo e Diadema) tem uns bares e umas disco (danceteria) com bastante movimento hoje à noite. O negócio certo é encontrar um com diversão e cair dentro. Claro, desde que você consiga dormir um pouco antes das dez horas da manhã. Caso contrário. Imagino que a experiência não vá ser das melhores.
...
Sábado (do-youbi do japonês e Saturday do inglês), onze e quinze da manhã. Os primeiros preparativos já estão sendo finalizados e os bonecos já estão sendo testados. Medidas de segurança. O instrutor fala no interfone e avisa que os primeiros participantes devem estar prontos e esperando segunda ordem na base da torre de lançamento por volta das treze horas.
Todo mundo procura um lugar pra sentar e esperar. Claro, não poderia faltar aquele BBQ pra matar o tempo de espera. Uma carne assada aqui, um frango ali, uma água e um antiácido pra ajudar com a agonia de esperar pra se divertir. Alguns minutos parecem vários dias quando se espera pra fazer pela primeira vez. Parece uma tortura.
O aviso no sistema de som e as pessoas seguem em direção à torre de lançamento. O meu número é o 13 (claro que o treze na realidade é o doze. No Japão não se usa o número 4 “shi” lê-se xi, por motivos de que a pronúncia desse número é a mesma pronúncia do nome de um Deus da guerra e da morte. Definitivamente não é uma boa idéia usar o quatro. Vou ficar com o número treze mesmo), não por superstição, mas por ter tirado na bolha de lançamento. Cada participante tira o seu número e espera a sua vez.
Chega a minha hora. O elevador descendo e a minha circulação sanguínea aumentando. A minha música tocando no sistema de som (isso mesmo, na inscrição você escolhe uma música que vai tocar na sua vez), não por acaso, mas uma montagem da música tema do filme Platoon, outra do filme Hackers, nas mãos do DJ Armin van Buuren, não poderia ser uma pedida melhor. Ainda na subida o pessoal da organização se adianta preparando o equipamento de segurança em mim e ao olhar pra baixo dá pra ver o pessoal dançando ao som eletrônico da minha trilha sonora. Loucura, quanto mais sobe mais eu fico elétrico (definitivamente esse é o termo).
Chega a minha hora. Alguns conselhos e avisos de segurança antes de começar. O instrutor anuncia a minha vez. Eu me viro pra o carinha do meu lado e peço pra que eu faça ao contrário. Ele dá uma risada e pergunta se é a minha primeira vez. Um sorriso muito sem graça e eu falo que sim. Mesmo não concordando plenamente ele explica o procedimento nesse caso.
Eu dou uma olhada na paisagem. Uma respirada bem profunda. Um segundo pra me virar de costas na plataforma. E acontece.
Salto em queda livre. Sem pára-quedas ou colchão de ar. Somente a corda de borracha com as presilhas de fibra e alumínio. O suporte na cintura de material sintético com braçadeiras de fibra de carbono. Botas de borracha e partes sintéticas. Capacete de fibra com a parte interna de algodão e alguma coisa que faz a cabeça ficar bem confortável e um suporte preso ao queixo. Luvas de borracha. Um coração a mil por hora e uma sensação de liberdade incrível. Por alguns momentos você sente que pode voar. Você sente na pele o dom que Deus deu aos pássaros. A incrível leveza do ser.
A sensação de liberdade é incrível. Definitivamente sem explicação. A não ser por uma palavra.
Freedom...
Isso é o que se tem de melhor aqui. No Japão.
São apenas 117 metros, mas parecem mil metros quando de está em queda livre. O fluxo de ar no organismo se torna tão difícil quanto se você tentasse gritar depois de alguns segundos com o corpo submerso numa piscina de água fria. A voz não sai. A respiração fica difícil. A pressão que a queda exerce no seu corpo ao chegar ao fim da corda. A elasticidade fazendo você subir de volta e você tentando se equilibrar. A paisagem se misturando em imagens turbas e indefinidas pelos movimentos que a corda faz ao seu corpo. Você não sabe se grita de felicidade ou de medo. Você não sabe se ri ou se chora. Mas sente que é exatamente aquilo que você sempre quis. Era exatamente o que você sempre sonhou pra si.
Liberdade.
...
Nossa Mãe. Acho que hoje vai ser um dia daqueles. Roupas prontas. Acessórios prontos. Documentos prontos. Teste de resistência, de salubridade, de sangue. Só o que me faltava era eu chegar lá e ter esquecido algo. Telefone, dinheiro, câmera. Acho melhor ir de bota que de tênis. De repente faz mais frio que o normal. Bem, deve ser tudo. Mas e se eu esquecer alguma coisa? Isso que é um pensamento de uma pessoa que só não esquece a cabeça porque realmente seria impossível. Não acredito que venha a esquecer de algo dessa vez. Os últimos 30 minutos foram gastos só com a checagem do que eu vou levar. Vamos ver no que dá. Agora é só esperar o “esperto” chegar.
Nossa Mãe. Acho que esse fim-de-semana vai ser um daqueles.
Perece que essa buzina é a minha deixa. Vamos lá. A aventura parece que vai começar e seja o que Deus quiser.
“- E aí campeão. Pronto pra uma aventura inédita na sua vida? - Acho que sim. Ou pelo menos espero, que sim. - Não se preocupe. Nada vai ser muito diferente do que já foi até hoje. Eu quero dizer que vão ser alguns segundos inesquecíveis, mas nada que você não possa lembrar depois e dizer que esperava algo mais. - Eu espero que sim. Tudo pronto aqui. Vamos? - OK. Vamos em frente que atrás vem gente.”
Primeiro a Rota 16 (uma avenida que corta boa parte do Japão, mas não é uma avenida expressa. Também pode ser conhecida por viajar na baixa, já que ela passa no meio das cidades). Uma aventura no horário do rush. Depois a Tomei (essa é outra avenida que corta boa parte do Japão, só que com a diferença de ser expressa. Também é conhecida por viajar na alta, já que boa parte dela passa por cima das cidades). Outra aventura no meio de tantos caminhoneiros e ônibus de passeio. Viajar depois das oito horas da manhã e antes do meio-dia é desse jeito, parece que nunca vai chegar ao destino. Mas não tem problema, ainda é quinta-feira (moku-youbi no japonês e Thursday do inglês) e o fim-de-semana só está começando. O jeito é aproveitar a viagem e tirar algumas fotos das paisagens. Vão ser umas seis ou sete horas até Hiroshima (estado situado ao sul do Japão. Também conhecido por ser o local onde os americanos jogaram uma de duas bombas nucleares na segunda guerra).
Tomara que o próximo P (nas avenidas expressas, existem umas paradas com lojas de conveniência, banheiros, restaurantes e algumas até com lojas de presentes. O termo vem de uma enorme letra P em uma placa situada algumas dezenas de metros antes da entrada do estacionamento) não esteja longe. Eu estou faminto. Deve ser a fase de crescimento.
Crescer pra frente é sempre uma fase difícil na vida de um homem. Devo estar doente, acabei de fazer uma piada. Como se a vida em si já não fosse uma grande piada.
“Como você sabe que um advogado está mentindo? Quando seus lábios estiverem mexendo.”
...
“- E aí campeão, o que você ta aprontando? - Nada de mais. Estou indo pra casa. Onde você está agora? - Saindo de casa. - OK. Quando estiver em casa te telefono. - Onde você está agora? Entrando na estação. - Espera aí. Eu chego em cinco minutos. - OK. Estou na frente do Mac. See ya (gíria, como se dissesse “até mais” ou “te vejo depois”)”.
Caraça. Mal ele chega e já vai jogando uma bomba dessas. Hoje ainda é quarta-feira (tsu-youbi do japonês ou Wednesday do inglês) e já vem um convite pra sumir no fim-de-semana. Parece uma boa idéia. Além do quê, a idéia de não trabalhar nos próximos quatro dias é do meu chefe. Não acredito que ele venha a me demitir por não aparecer no escritório nos próximos dias, já que eu vou estar com ele mesmo.
Vamos ver no que dá. Sempre é boa uma aventura dessas pra sair da rotina.
Convite aceito, agora é hora de ir pra casa.
- O quê você vai fazer em casa agora? - Nada de mais. - Vamos até loja do Ernest, de repente ele convida agente pra jantar. Ouvi mais cedo que ele ia cozinhar hoje. - OK. Vamos ver qual o “menu” (termo vindo do francês, lê-se mení) de hoje.
Depois de um BBQ (termo que significa não exatamente Bar-BQ ou churrasco em inglês) regado a Corona e Bud é hora de ir pra casa e arrumar as coisas pra o dia seguinte.
Espero que não esqueça nada. Esse pessoal é cheio de frescura. Bom mesmo é no Brasil, que quando você esquece algum documento importante, bastam alguns minutos de conversa e uma “molhadinha na planta” que tudo se ajeita. Aqui, se você esquece algo importante, pode dizer adeus ao seu compromisso. Bom ou ruim, o importante é que esse fim-de-semana vai ser “o bicho”.
Ainda tenho que separar as roupas de frio, os acessórios, os “gadgets” (gíria em inglês pra acessórios eletrônicos que se carrega pra cima e pra baixo) pra não perder um momento sequer. Ainda nem amanheceu e a adrenalina já aumente só de pensar. Melhor ir dormir ou eu vou acabar desmaiado a viagem inteira. Parece que está tudo em ordem. Despertador ligado. De manhã eu checo tudo de novo.
...
O bom de viajar numa quinta-feira de manhã, é que você acaba tendo a quinta-feira à noite e mais a sexta-feira (kin-youbi do japonês e Friday do inglês) inteira pra curtir a bagaceira antes do fim-de-semana realmente chegar.
Depois de passar seis horas e meia na estrada e mais uns quarenta minutos procurando o hotel, agente se hospeda e desembarca a bagagem. Noite de sono. Muito bom isso.
Amanhece, tomo aquele banho quente, coloco aquela roupa bacana e fico mais uns vinte minutos na frente do quarto ao lado, esperando a donzela terminar de se arrumar. Até parece que vai casar.
Um café-da-manhã digno de reis, um sol de matar de inveja qualquer nordestino (o problema é que o sol aparece com um céu incrivelmente limpo, mas o vento é tão frio que o calor nem surte tanto efeito) e estamos pronto pra se apresentar para umas três ou quatro horas de treinamento para que no dia seguinte não aconteça nada fora do planejado.
Alguns minutos de aula teórica e estamos prontos. Prontos pra o almoço, porque eu estou faminto. De novo. Incrível como cabe tanta comida num abdômen tão pequeno. Depois das duas horas da tarde, retornamos para mais algumas informações teóricas e o chefe de operações nos mostra o procedimento real e mais alguns como dicas. Parece que amanhã vai realmente ser um dia daqueles.
Já passam das dezoito horas. Agora é hora de voltar ao hotel e se preparar pra noite que promete.
Depois de alguns minutos esperando e problemas com a noiva resolvidos. É hora de procurar a balada. Na área sul de Nishi-Hiroshima (cidade metropolitana de Hiroshima, cujo nome é o mesmo do estado. Tipo São Paulo e Diadema) tem uns bares e umas disco (danceteria) com bastante movimento hoje à noite. O negócio certo é encontrar um com diversão e cair dentro. Claro, desde que você consiga dormir um pouco antes das dez horas da manhã. Caso contrário. Imagino que a experiência não vá ser das melhores.
...
Sábado (do-youbi do japonês e Saturday do inglês), onze e quinze da manhã. Os primeiros preparativos já estão sendo finalizados e os bonecos já estão sendo testados. Medidas de segurança. O instrutor fala no interfone e avisa que os primeiros participantes devem estar prontos e esperando segunda ordem na base da torre de lançamento por volta das treze horas.
Todo mundo procura um lugar pra sentar e esperar. Claro, não poderia faltar aquele BBQ pra matar o tempo de espera. Uma carne assada aqui, um frango ali, uma água e um antiácido pra ajudar com a agonia de esperar pra se divertir. Alguns minutos parecem vários dias quando se espera pra fazer pela primeira vez. Parece uma tortura.
O aviso no sistema de som e as pessoas seguem em direção à torre de lançamento. O meu número é o 13 (claro que o treze na realidade é o doze. No Japão não se usa o número 4 “shi” lê-se xi, por motivos de que a pronúncia desse número é a mesma pronúncia do nome de um Deus da guerra e da morte. Definitivamente não é uma boa idéia usar o quatro. Vou ficar com o número treze mesmo), não por superstição, mas por ter tirado na bolha de lançamento. Cada participante tira o seu número e espera a sua vez.
Chega a minha hora. O elevador descendo e a minha circulação sanguínea aumentando. A minha música tocando no sistema de som (isso mesmo, na inscrição você escolhe uma música que vai tocar na sua vez), não por acaso, mas uma montagem da música tema do filme Platoon, outra do filme Hackers, nas mãos do DJ Armin van Buuren, não poderia ser uma pedida melhor. Ainda na subida o pessoal da organização se adianta preparando o equipamento de segurança em mim e ao olhar pra baixo dá pra ver o pessoal dançando ao som eletrônico da minha trilha sonora. Loucura, quanto mais sobe mais eu fico elétrico (definitivamente esse é o termo).
Chega a minha hora. Alguns conselhos e avisos de segurança antes de começar. O instrutor anuncia a minha vez. Eu me viro pra o carinha do meu lado e peço pra que eu faça ao contrário. Ele dá uma risada e pergunta se é a minha primeira vez. Um sorriso muito sem graça e eu falo que sim. Mesmo não concordando plenamente ele explica o procedimento nesse caso.
Eu dou uma olhada na paisagem. Uma respirada bem profunda. Um segundo pra me virar de costas na plataforma. E acontece.
Salto em queda livre. Sem pára-quedas ou colchão de ar. Somente a corda de borracha com as presilhas de fibra e alumínio. O suporte na cintura de material sintético com braçadeiras de fibra de carbono. Botas de borracha e partes sintéticas. Capacete de fibra com a parte interna de algodão e alguma coisa que faz a cabeça ficar bem confortável e um suporte preso ao queixo. Luvas de borracha. Um coração a mil por hora e uma sensação de liberdade incrível. Por alguns momentos você sente que pode voar. Você sente na pele o dom que Deus deu aos pássaros. A incrível leveza do ser.
A sensação de liberdade é incrível. Definitivamente sem explicação. A não ser por uma palavra.
Freedom...
Isso é o que se tem de melhor aqui. No Japão.
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